Descontaminação de água tratada contendo parationa-metílica pelo emprego de radiação UV, ozônio e processo oxidativo avançado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Pimenta, Gustavo Gonçalves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Agroquímica analítica; Agroquímica inorgânica e Físico-química; Agroquímica orgânica
Mestrado em Agroquímica
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2148
Resumo: O agrotóxico organofosforado parationa-metílica é um inseticida e acaricida bastante eficaz contra um amplo espectro de pragas, além de representar um avanço em relação aos agrotóxicos organoclorados devido à sua baixa persistência. Em contrapartida, resíduos desse agrotóxico no meio ambiente podem ser associados a diversos riscos à saúde humana, como carcionogenicidade, neurotoxicidade, desregulação endócrina, entre outros. Nos últimos anos, processos de oxidação química como fotodecomposição, ozonização e processos oxidativos avançados (POAs) têm sido aplicados com sucesso para degradação de diveros poluentes orgânicos. O objetivo principal deste trabalho foi avaliar a degradação do agrotóxico parationa-metílica em água destilada e tratada empregando radiação UV254nm, ozônio e a combinação destes, caracterizando um POA. Para monitorar os resíduos do agrotóxico após submissão aos processos degradativos, a técnica de microextração líquido-líquido dispersiva com solvente extrator de baixa densidade (MELLD-SBD) e análise por cromatografia gasosa com detector por captura de elétrons (CG-DCE) foi otimizada e validada. Os resultados revelaram que a MELLDSBD foi eficente para extração de parationa-metílica, apresentando alta eficiência de extração (101,1%) e alto fator de enriquecimento (57,3). Além de seletividade, linearidade, precisão e veracidade, o método de análise validado apresentou também baixos limites de detecção e de quantificação, 83 ng L-1 e 250 ng L-1, respectivamente. A fotodecomposição direta de parationa-metílica no UV254nm em pH 3 e a 35 ºC alcançou 100% após 120 min de exposição ao processo. A ozonização em pH 11 e a 15 ºC também mostrou-se eficiente, uma vez que pôde ser alcançado 99% de remoção de resíduos do agrotóxico após 60 min de experimentação. Já o processo combinado UV/O3 em pH 3 e a 35 ºC, apresentou-se como o mais eficiente processo de oxidação química estudado, visto que com apenas 30 min de procedimento, removeu-se 100% do agrotóxico. A degradação via o POA UV/O3 seguiu modelo cinético de pseudo 1ª ordem fornecendo a maior taxa cinética de reação (kT = 0,1855 min-1), o maior rendimento quântico (F254nm = 7,79 x 10-5 mol Einstein-1) e, consequentemente, o menor tempo de meia vida (t1/2 = 3,74 min) entre os processos avaliados. Todos os processos degradativos mostraram-se fortemente dependentes do pH e da temperatura. A aplicação dos processos degradativos otimizados em amostras de água destilada e de água tratada forneceu resíduos de parationa-metílica, quando ainda existentes, abaixo do valor máximo permitido em âmbito nacional que é de 9,0 mg L-1.