Avaliação da morfologia cerebral e do desempenho motor de ratos sedentários e exercitados submetidos à isquemia cerebral transitória

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Damázio, Laila Cristina Moreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Análises quantitativas e moleculares do Genoma; Biologia das células e dos tecidos
Doutorado em Biologia Celular e Estrutural
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/267
Resumo: O exercício físico tem sido utilizado na prevenção e principalmente na reabilitação de pacientes acometidos pela isquemia cerebral, porém, o mecanismo pelo qual a prática do exercício físico promove neuroproteção e plasticidade neural ainda não é totalmente conhecido. Este trabalho teve como objetivo analisar o desempenho motor, o volume de infarto cerebral, a densidade de astrócitos e de neurônios no striatum, no ápice do giro denteado do hipocampo e córtex motor de ratos que exercitaram antes e/ou após a isquemia cerebral. Foram utilizados 48 ratos Wistar, (Peso médio ~ 138g; idade: 30 dias) separados aleatoriamente em dois grupos: um submetido à oclusão transitória da artéria cerebral média (OACM) e outro ao acesso cirúrgico com ausência da isquemia. Ambos os grupos foram subdivididos em: animais que realizaram exercício físico prévio à OACM e a cirurgia (AI e AC, n=12); animais que realizaram exercício físico prévio e após a OACM e a cirurgia (ADI e ADC, n=12); animais que realizaram exercício físico após a OACM e a cirurgia (DI e DC, n=12); e animais que não realizaram exercício físico (SI e SC, n=12). O treinamento físico foi realizado em esteira motorizada, a velocidade de 15 ou 12 m/min., 5 dias/semana, 30 min./dia, por 6 semanas. A avaliação do desempenho motor foi feita através dos testes funcionais, passo em falso e barras paralelas. Para determinação do volume de infarto cerebral, foram analisados cortes de cérebro corados com solução a 2% de 2,3,5 cloreto de trifeniltetrazólio, a 37oC, por 30 minutos. Cortes de cérebro corados pelo método de Nissl foram utilizados para quantificação de neurônios, enquanto para quantificação de astrócitos, foram utilizados cortes de cérebro submetidos à imunohistoquímica para proteína ácida fibrilar glial (GFAP). Os resultados demonstraram que os animais exercitados antes e após a isquemia cerebral apresentaram melhor desempenho motor nos testes funcionais e menor volume de infarto cerebral em comparação com os não exercitados. Os animais que exercitaram antes da isquemia cerebral apresentaram menor volume de infarto cerebral e maior densidade de neurônios no striatum, no ápice do giro denteado do hipocampo e no córtex motor contralateral à lesão, além de apresentarem mais astrócitos reativos no córtex motor dos dois iiihemisférios cerebrais em comparação com os não exercitados. A densidade de neurônios das regiões do cérebro analisadas se manteve inalterada nos animais exercitados a partir do quarto dia após a isquemia cerebral. Estes resultados indicam que o exercício físico é uma intervenção que promove benefícios no desempenho motor e na neuroplasticidade do cérebro de ratos submetidos à isquemia cerebral.