Avaliação operacional da estação de tratamento de efluentes de uma indústria de papel
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Geotecnia; Saneamento ambiental Mestrado em Engenharia Civil UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/3836 |
Resumo: | Na indústria de papel há grande consumo de água em seus processos, o que gera grande emissão de águas residuárias com diferentes características. Normalmente, essas indústrias tratam seus efluentes por processos biológicos como lodos ativados e lagoas aeradas. Os sistemas de tratamento por lagoas aeradas são classificados como aeradas facultativas ou de mistura completa, em função da densidade de potência dos equipamentos de aeração. O presente estudo analisa o desempenho de uma lagoa aerada de mistura completa seguida de lagoa de decantação da fábrica de papel SANTHER, situada em Governador Valadares-MG . Verificou-se a atual situação do sistema de tratamento com relação à vazão, tempo de detenção hidráulica, densidade de potência, temperaturas e disponibilidade de oxigênio dissolvido, fornecido por 9 aeradores. Utilizando-se o método volumétrico de medição de vazão foi medida uma vazão de 2419 m3/dia, e os TDH ́s de 8,76 e 1,87 dias para as lagoas de aeração e decantação, respectivamente. As temperaturas não apresentaram grandes variações no interior de cada lagoa, os aeradores indicaram densidade de potência de 3,12 W/m3, valor próximo ao mínino recomendado, e OD com concentrações na superfície da lagoa de aeração superiores ao mínimo recomendado, porém, próximo ao fundo da lagoa, foram constatados teores de OD na faixa de 0 a 2,0 mg/L. Foi realizada uma caracterização físico-química do efluente e comparado aos padrões de lançamento de efluentes vigentes nos Estado de Minas Gerais. As eficiências de remoção de DQO, DBO, SST e óleos e graxas foram de 82%, 83%, 95% e 84%, respectivamente. Nitrogênio e fósforo apresentaram-se em excesso no efluente da lagoa aerada. O efluente final não apresentou toxicidade aguda à Daphnia similis e nem toxicidade crônica à Ceriodaphnia dúbia. O valor do coeficiente da DQO solúvel estimado para a lagoa aerada de mistura completa foi de 0,23/d. A absorvância ultravioleta específica (SUVA254) aumentou ao longo do sistema de tratamento, enquanto os valores de UV254/UV280 permaneceram constantes. O estudo também analisou a ocorrência de escurecimento e geração de odor na lagoa de decantação, em que os episódios foram associados a falta de oxigênio na lagoa desencadeando a condição de anaerobiose. |