As paisagens das vilas da UFV: entre o patrimônio cultural e os lugares de memória (1948- 2008)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Lopes, Roseli da Silva Felipe
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Patrimônio Cultural, Paisagens e Cidadania
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/31741
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.653
Resumo: O presente trabalho busca, por meio de análise documental, bibliográfica e da história oral, estudar a problemática do conceito de patrimônio cultural contido na legislação urbana e territorial da Universidade Federal de Viçosa (UFV), instituição de Ensino Superior localizada na Zona da Mata do estado de Minas Gerais. O Plano de Desenvolvimento Físico e Ambiental (PDFA) da UFV, elaborado em 2008, é o documento que norteia a política de expansão física e territorial da instituição, bem como suas práticas de preservação do patrimônio cultural. Um dos objetivos do trabalho foi analisar os argumentos expressos no mesmo documento para definir o conjunto de bens culturais representativos da memória da universidade. O principal ponto de análise se atém aos critérios de patrimonialização utilizados na preservação do conjunto arquitetônico e paisagístico conhecido como Vila Giannetti, em contraponto às seis vilas operárias que são de construção contemporânea e que foram deixadas de fora da legislação patrimonial. O marco temporal está circunscrito ao período de 1948 a 2008. O primeiro ano refere-se ao início do projeto de construção da Vila Giannetti e o segundo ao ano em que o PDFA entrou em vigor. Os resultados da pesquisa indicaram que a escolha dos bens culturais da universidade vai ao encontro da concepção de patrimônio fundada na tradição francesa, assentada no caráter histórico-temporal, monumental e representativo das elites sociais. Desse modo, as vilas operárias, que também são espaços de vivências coletivas, de modos de vida e de formação de memórias, foram excluídas das políticas patrimoniais da instituição. O principal argumento deste trabalho situa-se na defesa de que a construção das paisagens destas vilas (Vila Giannetti e vilas operárias) é indissociável, pois estiveram em constante interação entre si. Logo, constituem igualmente lugares de memória representativos da história da universidade. Palavras-chave: Paisagem. Vilas. Universidade Federal de Viçosa. Lugar de Memória.