Impactos da cooperação em atividades de P&D das firmas brasileiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Sousa, Alexandre Gervásio de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Economia e Gerenciamento do Agronegócio; Economia das Relações Internacionais; Economia dos Recursos
Doutorado em Economia Aplicada
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/152
Resumo: A cooperação entre firmas, institutos de pesquisa e o setor privado incentiva a melhora dos transbordamentos dos fluxos de conhecimento entres esses agentes econômicos. O trabalho teve como objetivo a análise dos fatores associados à decisão das firmas de manufatura de se envolverem em atividades de cooperação em P&D e verificar seu efeito sobre o desempenho destas. A metodologia utilizada baseou-se na estimação de modelos Probit que foram utilizados para a estimação do propensity score para a determinação do impacto da cooperação sobre o desempenho das firmas. Utilizaram-se os microdados da Pesquisa de Inovação Tecnológica de 2008 (Pintec). Na análise da cooperação para P&D das firmas de manufatura, identifica-se a apropriabilidade como determinante da decisão de cooperar, o que revela a preocupação de uma empresa sobre o efeito free-riding que um parceiro pode obter sobre seus esforços para P&D. Os incoming spillovers e as complementariedades revelam a importância dada aos fluxos de informações na decisão de cooperar para P&D. O compartilhamento de custos e riscos ressalta a falta de financiamento privado externo e de um mercado de capital de risco, além da alta percepção dos riscos da atividade inovativa. A importância das habilidades e capacidade de absorção das firmas é mostrada pela significância do tamanho da firma. O compartilhamento dos custos e riscos, os incoming spillovers, além das complementariedades, mostraram-se relevantes na determinação da decisão de cooperação para P&D das firmas de manufatura de alta intensidade tecnológica. Na análise dos resultados dos determinantes da cooperação para P&D das firmas de manufatura de média alta intensidade tecnológica, de tais firmas com concorrentes e instituições de pesquisa, tem-se que três determinantes são sistematicamente significativos: o compartilhamento de custos e riscos, o tamanho das empresas e as complementariedades. Em relação à cooperação para P&D das empresas da indústria de transformação de média-baixa intensidade tecnológica tem-se os incoming spillovers foram sistematicamente significantes. Vale ressaltar que, nesse caso, a intensidade de P&D tem um efeito negativo sobre a decisão de cooperar. A respeito dos determinantes dos acordos cooperativos das firmas de manufatura de baixa intensidade tecnológica, observou-se que a apropriabilidade representa um aprendizado sobre o controle de fluxos de informação. Os determinantes da cooperação para P&D, segundo a intensidade tecnológica dos setores, apresentam padrões específicos para cada classe de intensidade tecnológica, o que mostra que medidas adotadas em prol da cooperação para P&D podem afetar os setores industriais de forma distinta. A respeito dos impactos da cooperação sobre o desempenho das firmas, conclui-se que a cooperação para P&D com instituições de pesquisa tem um efeito positivo sobre o faturamento do agregado das firmas inovadoras da indústria de transformação e sobre as firmas industriais de alta intensidade tecnológica. Nesse caso, os resultados indicam a influência da cooperação sobre a taxa de sucesso das inovações de produto. A cooperação para P&D produz o mesmo efeito sobre as firmas inovadoras de baixa intensidade tecnológica, contudo, neste caso, acredita-se que haja o aumento da taxa de sucesso das inovações de processo. A cooperação de firmas inovadoras de alta intensidade tecnológica com universidades e institutos de pesquisa e a cooperação das firmas inovadoras de baixa intensidade tecnológica tem um impacto positivo sobre as exportações. Ademais, tem-se que a cooperação para P&D aumenta os investimentos em P&D interno das firmas inovadoras da indústria de transformação de baixa intensidade tecnológica.