Avaliação “in vivo” da eficiência de dois imunógenos recombinantes derivados do peptídeo SBm7462® para o controle do carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus (Canestrini 1887)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Neves, Elisangela de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/7920
Resumo: Os peptídeos recombinantes rBmseq1 e rBmseq4 foram avaliados como imunógenos para o controle do carrapato R. (B.) microplus em teste de estábulo. Foram utilizados 17 bovinos mestiços com média de sangue 7/8 (H/Z), os quais foram mantidos sob o manejo rotineiro no Setor de Isolamento de Bovinos do Departamento de Veterinária – UFV. Os animais foram separados em quatro grupos constituídos por quatro animais cada: grupo vacinal rBmseq1,grupo vacinal rBmseq4, grupo controle e grupo P. pastoris, sendo os grupos vacinais imunizados nos dias 0, 30 e 60 com 2 mg de peptídeo recombinante associado ao adjuvante saponina. Os animais do grupo controle foram inoculados com solução fisiológica e o grupo Pichia pastoris com 2 mg de extrato bruto de P. pastoris não transformada. Foram realizadas coletas de sangue seriadas e semanais até a 14o semana do estudo. Após 21 dias da terceira inoculação, os animais foram submetidos a infestação artificial com um total de 4.500 larvas/animal de R. (B). microplus (amostra “Viçosa”). A partir do 19° dia após a infestação os animais foram observados diariamente quanto ao desenvolvimento larval. A partir do 21° dia foi realizada lavagem, duas vezes ao dia, das baias e coletas manuais das teleóginas desprendidas, as quais foram contadas, pesadas, identificadas e incubadas em estufa B.O.D. por quinze dias à 28oC±2oC e 80% de umidade relativa, quando seus respectivos ovos foram pesados. Foram analisados números de teleóginas desprendidas, peso dos ovos, relação peso larvas/grama de ovos e sua viabilidade. A cinética da produção de anticorpos foi acompanhada através de ELISA, obtendo-se títulos maiores para os grupos vacinais, estatisticamente diferentes aos grupos controle e Pichia pastoris (p 0,05) Os parâmetros biológicos foram analisados levando-se em consideração o viii número e peso das teleóginas, peso e fertilidade dos ovos. A eficácia calculada foi 52,72% para o grupo vacinal rBmseq1 e de 72,40% para o grupo vacinal rBmseq4. Quanto à avaliação do número de carrapatos, houve diferença estatística entre os grupos testados, entre si e quando comparados ao grupo controle, sendo marcadamente acentuada no grupo rBmseq4. Os parâmetros peso das teleóginas ao desprendimento e peso médio da oviposição dos grupos vacinais não diferiram estatisticamente quando comparados ao grupo controle. Os resultados obtidos mostram que os peptídeos recombinantes rBmseq1 e rBmseq4 são alternativas viáveis para o controle do carrapato R. (B). microplus, pela sua eficácia, segurança ambiental e baixo custo.