Caracterização do sistema radical do feijoeiro e seu uso no melhoramento genético
Ano de defesa: | 2012 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Plantas daninhas, Alelopatia, Herbicidas e Resíduos; Fisiologia de culturas; Manejo pós-colheita de Doutorado em Fitotecnia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/1185 |
Resumo: | Atualmente, no Brasil, como forma de minimizar problemas relacionados à deficiência de fósforo no solo, são utilizados corretivos e fertilizantes, adequando o solo à planta. Considerando que as reservas globais de fósforo inorgânico estão se esgotando, a estratégia seria adequar a planta ao fósforo contido no solo. Para isso é necessário detectar e explorar o uso das diferenças genotípicas, especialmente as relacionadas à arquitetura das raízes. Com esse intuito, 56 genótipos de feijão foram avaliados e caracterizados fenotipicamente quanto ao sistema radical. Posteriormente, dois genótipos contrastantes quanto à arquitetura de raízes foram utilizados na composição de uma multilinha, visando verificar se a mistura de genótipos de feijoeiro (multilinha) com características contrastantes de arquitetura de raízes basais beneficia a produtividade de grãos. O primeiro experimento constou da semeadura dos 56 genótipos em campo, utilizando-se o delineamento em blocos ao acaso. Foram avaliados os caracteres produtividade e massa de 1.000 grãos. Sementes desse experimento foram germinadas em papel de germinação e colocadas em cubas de vidro com solução nutritiva de sulfato de cálcio, usando-se o delineamento em blocos ao acaso. Foram avaliados os seguintes caracteres: número de verticilos, número de raízes basais, nota de pelos nas raízes basais, ângulo médio das raízes basais e nota de pelos na raiz principal. Os dados foram submetidos à análise de diversidade genética, tomando-se como base o método de Tocher e de variáveis canônicas. O segundo experimento constou da avaliação dos genótipos Diamante Negro (raízes basais superficiais), Vi-10-2-1 (raízes basais profundas) e da multilinha (Diamante Negro + Vi-10-2-1), em ambientes contrastantes quanto à disponibilidade de fósforo no solo (plantios direto e convencional e adubado e não adubado), compondo um fatorial 3 x 2 x 2, no delineamento em blocos ao acaso. Nesse experimento foram avaliados: massa da parte aérea seca (MPAS), teor de fósforo (TP), conteúdo de fósforo (CP), produtividade (PROD) e os componentes de produção número de vagens por planta (NV), número de sementes por vagem e massa de 100 grãos (MCG). No primeiro experimento, com base na análise de diversidade, detectou-se que o germoplasma de feijão avaliado apresenta ampla variabilidade genética para características de raiz. Pela técnica de variáveis canônicas, o número de raízes basais, nota de pelos na raiz primária e ângulo médio das raízes basais foram, nesta ordem, as de menor importância para o grupo gênico mesoamericano; no caso do grupo gênico andino, o ângulo médio das raízes basais e nota de pelos na raiz basal foram os de menor importância. Esses resultados, comparados aos obtidos pela metodologia de Singh (1981), indicaram que há redundância entre número de raízes basais e número de verticilos e entre nota de pelos na raiz primária e nas raízes basais. Quando se repetiu o procedimento de agrupamento por Tocher, após a exclusão das variáveis menos importantes pela técnica de variáveis canônicas, obtiveram-se agrupamentos dos genótipos diferentes, indicando que, apesar de essas variáveis serem identificadas como as de menor contribuição para a diversidade dos genótipos, elas ainda contribuem com uma fração importante para discriminá-los. No segundo experimento, quando adubado, a multilinha (DN + Vi) superou a cultivar Vi 10-2-1 e se equiparou à cultivar Diamante Negro em produtividade de grãos, tanto no plantio direto quanto no convencional. Nesse caso, o pior comportamento foi do Vi, que por sinal apresenta raízes basais profundas. Em plantio convencional, não adubado, a multilinha foi bem superior às linhas puras, chegando a produzir 20% a mais que o DN e 40% a mais que o Vi. |