Relações étnico-raciais e infâncias negras: racialidades e vozes em diálogo em prol de um saberfazer pedagógico antirracista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Rodrigues, Lillian Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/31719
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.644
Resumo: Esta dissertação teve como objetivo compreender e problematizar as relações étnico-raciais na Educação Infantil a partir da percepção de professoras da primeira etapa da educação básica, da rede pública do município da Zona da Mata, em Minas Gerais. Também objetivou-se identificar como professoras da Educação Infantil compreendem as relações étnico-raciais nesta etapa do ensino, além de como/se elas investem ou não em sua formação para as relações étnico-raciais e as justificativas que sustentam a adesão ou a exclusão da temática neste processo. Para tecer a pesquisa, o primeiro ponto da metodologia consistiu na composição de um Estado da Arte sobre a temática formação de professores da Educação Infantil para a educação das relações étnico-raciais. Para o conhecimento do perfil das docentes deste estudo, elas responderam um questionário online, sob o formato de formulário. Além disso, foram realizadas quatro rodas de conversa inspiradas no ondjango angolano que a partir de metodologias afro-perspectivistas proporcionaram processos formativos junto ao diálogo. Isto posto, justifico este estudo como possibilidade de tecer compreensões sobre a percepção dos processos formativos para um saberfazer pedagógico antirracista pelas professoras da Educação Infantil. Em análise as conversações, observei a partir das rodas de conversa que professoras negras demonstraram maior percepção sobre as dinâmicas das relações étnico-raciais do que as professoras brancas, no entanto ambas possuem dificuldades em constatar a colonialidade sobre o ser, o poder e o saber. Observei dificuldades das docentes quanto ao trato da temática da educação para relações étnico-raciais e o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana na Educação Infantil. Ao mesmo passo, verifiquei que as rodas de conversa tiveram um poder formativo antirracista ao se abrirem a uma afro-perspectiva, capaz de fortalecer as infâncias negras. Para isso, há uma necessidade do saberfazer antirracista como uma postura que percorre as vivências e todo o processo de ensino e aprendizagem. Palavras-chave: Educação antirracista. Infâncias negras. Processos formativos antirracistas.