Caracterização histológica e histomorfométrica do intestino grosso dos morcegos machos Desmodus rotundus (hematófago) e Sturnira lilium (frugívoro) e identificação e quantificação de células enteroendócrinas da túnica mucosa do quiróptero hematófago

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Santana, Maurício da Aparecida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6988
Resumo: A grande diversidade de morcegos no Brasil indica-os para o estudo em diversas áreas relacionadas à sua biologia, dentre elas a pesquisa anátomo- histológica do aparelho digestório. Este presente estudo teve como objetivos descrever a histologia dos constituintes parietais dos segmentos inicial, médio e final do intestino grosso dos quirópteros Desmodus rotundus (hematófago) e Sturnira lilium (frugívoro), realizar a histomorfometria desses segmentos, além de identificar e quantificar as células endócrinas argirófilas, argentafins e imunorreativas à insulina na túnica mucosa dos segmentos do intestino grosso do morcego hematófago. Foram utilizadas técnicas de coloração convencionais para a descrição histológica e histomorfometria dos constituintes parietais do intestino grosso imunohistoquímica das para duas a espécies identificação enteroendócrinas de D. rotundus. e técnicas histoquímicas e quantificação das e células O padrão histológico da parede dos segmentos do intestino grosso é similar para as espécies estudadas, porém a distribuição de nódulos linfoides e de tecido linfoide difuso é diferente nos segmentos intestinais dessas. Em D. rotundus as espessuras, em μm, das túnicas mucosa, submucosa e serosa entre os segmentos não foi diferente entre elas (p > 0,05), entretanto, a espessura da camada muscular circular, interna, da túnica muscular do segmento final foi maior (p < 0,05) que as espessuras dessa camada nos demais segmentos. Também a espessura da camada muscular longitudinal, externa, da túnica muscular do segmento médio foi maior (p < 0,05) em comparação com a de ambas camadas musculares da túnica muscular dos segmentos inicial e final. Para S. lilium não constou diferença significativa (p > 0,05) nas espessuras das túnicas mucosa e submucosa, na camada muscular longitudinal, externa, da túnica muscular e na túnica serosa entre os segmentos analisados. A espessura da camada muscular circular, interna, da túnica muscular dos segmentos inicial e médio também não foi diferente (p > 0,05), porém essa espessura foi maior (p< 0,05) em comparação à da camada muscular circular, interna, da túnica muscular do segmento final. As células argirófilas e argentafins detectadas e quantificadas na túnica mucosa, em mm 2, dos segmentos do intestino grosso do animal hematófago, apresentaram formato alongado, núcleo arredondado visualizado por imagem negativa e citoplasma com granulações coradas em marrom escuro. As células imunorreativas (IR) à insulina identificadas e quantificadas nessa túnica, mostraram formato de arredondado a alongado, núcleo arredondado visualizado por imagem negativa e citoplasma dotado de granulações coradas em marrom claro a escuro. Não houve diferença estatística (p > 0,05) na quantificação das células endócrinas dos segmentos intestinais inicial, médio e final. Do total de células endócrinas localizadas na túnica da mucosa do segmento inicial, 41,88% são argirófilas, 49,03% são argentafins e 9,08% são IR à insulina. No segmento médio, contabilizou-se 39,64% argirófilas, 52,97% argentafins e 7,39% IR à insulina. Já na túnica mucosa do segmento final, 25,93% são argirófilas, 62,22% argentafins e 11,58% IR à insulina. Possivelmente, as células IR à insulina estejam relacionadas com as atividades fisiológicas de absorção paracelular de nutrientes pelos enterócitos e com o aumento da motilidade intestinal, o que indicaria rápido metabolismo desses nutrientes e numa reserva energética permitindo ao quiróptero D. rotundus adequar-se às manobras de voo.