Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Vilela, Monique de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10454
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Resumo: |
Em condições térmicas desfavoráveis, as aves necessitam ajustar seus padrões comportamentais e fisiológicos, a fim de realizar o balanço de calor. Elementos climáticos como: temperatura e umidade relativa do ar, vento e radiação solar são fatores preponderantes por afetarem diretamente a capacidade produtiva, reprodutiva e de sobrevivência das codornas. Neste sentido, objetivou-se, a partir desta pesquisa, avaliar a performance de um sistema projetado para o controle dos níveis de velocidade do ar, destinado à utilização em experimentos com aves em câmaras climáticas; e avaliar a influência de duas condições de estresse por calor (seco e úmido), combinadas com dois níveis de velocidade do ar (baixa velocidade – 0 m.s -1 e alta velocidade – 2,3 m.s -1 ), nos aspectos comportamentais de codornas japonesas (Coturnix coturnix japonica) em pré-pico de postura. O presente trabalho foi desenvolvido em câmaras climáticas localizadas no Núcleo de Pesquisa em Ambiência e Engenharia de Sistemas Agroindustriais (AMBIAGRO), pertencente ao setor de Construções Rurais e Ambiência do Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Viçosa. Os resultados obtidos foram reportados em dois capítulos, sendo o primeiro intitulado: “Sistema para o ajuste da velocidade do ar em estudos com aves, em ambiente controlado” e o segundo: “Influência de duas condições de calor e umidade associadas a dois níveis de velocidade do ar sobre o comportamento, desempenho produtivo e variáveis fisiológicas de codornas japonesas”. Em relação à avaliação do protótipo de controle da velocidade do ar, os resultados foram apresentados com base no mapeamento da distribuição espacial do fluxo do ar em toda a gaiola e na região próxima ao comedouro, demonstrando características de intensidade de fluxo semelhantes para as gaiolas submetidas ao mesmo nível de velocidade. Não houve diferença significativa (P>0,05) na diferença média pareada dos dados aferidos para a porção frontal dos pares de gaiolas com níveis de velocidade similares. Verificou-se correlação significativa (P<0,001) entre os dados de velocidade do ar mensurados nas gaiolas submetidas à mesma velocidade do ar. A partir dos resultados da análise da influência da interação “ambiente térmico versus velocidade do ar” sobre o comportamento, desempenho produtivo e temperatura média superficial das codornas, conclui-se que os padrões comportamentais das aves no que diz respeito ao ato de COMER e FICAR PARADO apresentaram diferenças estatísticas significativas na interação entre os dois fatores (P<0,05). Já para a categoria BEBER, houve diferenças significativas em ambos os fatores, avaliados isoladamente (P<0,05), contudo a interação dos mesmos não foi significativa. O padrão comportamental FICAR ATIVO apresentou diferença estatística somente no fator ambiente térmico (P<0,05), e para o padrão comportamental que representa expressões de conforto, ABRIR ASAS/ ARREPIAR, notou-se que não houve diferença significativa entre os tratamentos (P>0,05). Em relação às variáveis de desempenho produtivo das codornas, não houve influência significativa de fatores principais ou sua interação (P>0,05) sobre o consumo de ração, massa de ovos e conversão alimentar. Por outro lado, os diferentes ambientes térmicos afetaram significativamente o consumo de água (P=0,003). Houve aumento significativo de 29% e 48% no consumo de água das aves expostas ao calor seco e calor úmido, respectivamente, quando comparadas ao ambiente termoneutro. Contudo o fator “velocidade do ar” e a interação entre ambos (ambiente térmico x velocidade do ar) não afetaram este parâmetro (P>0,05). Observou-se ainda que tanto o ambiente térmico quanto a velocidade do ar influenciaram significativamente (P<0,05) na variação da temperatura superficial média (TSM) das codornas, com aumento de aproximadamente 13,5°C na TSM para ambas as condições de estresse por calor, quando comparadas à condição de termoneutralidade; e pela redução de 1,5°C na TSM de aves submetidas a altas velocidades em relação àquelas expostas a baixos valores deste fator. |