Análise dos constituintes químicos do pólen e da inflorescência de Stryphnodendron polyphyllum, em relação à cria-ensacada brasileira em Apis mellifera

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1999
Autor(a) principal: Santos, Mara Lúcia de Azevedo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9730
Resumo: O objetivo deste trabalho foi analisar os constituintes químicos do pólen de Stryphnodendron polyphyllum (barbatimão), causador da doença cria-ensacada brasileira (CEB) em Apis mellifera. Para isso, coletaram-se pólen e inflorescência de barbatimão para serem submetidos a extrações sucessivas com hexano e, posteriormente, com etanol. Com os extratos hexânico e etanólico do pólen e da inflorescência obtidos, foram realizados ensaios biológicos, nos quais se verificaram pré-pupas com sintomas da doença nos tratamentos em que as larvas eram alimentadas com dieta de operária mais extrato etanólico. Observou-se a presença de taninos nos extratos etanólicos, tendo sido determinado nestes 7,91 e 21,43% de taninos no pólen e na inflorescência, respectivamente. Com o fracionamento do extrato etanólico do pólen, isolaram-se ainda ácidos graxos e frutose, que foram submetidos a ensaios biológicos. Essas frações não determinaram o aparecimento de sintoma da CEB nas abelhas tratadas. Como várias espécies de barbatimão são conhecidas por possuírem altas concentrações de tanino, realizaram-se ensaios biológicos com concentrações diferentes de ácido tânico para verificar o seu efeito no desenvolvimento das crias de abelhas. Observou-se a presença de sintomas da doença e de alta mortalidade das crias tratadas a partir da terceira alimentação com dieta contendo diferentes concentrações de ácido tânico, tendo sido estimada uma CL50 de 0,012% no referido composto. Diante desses resultados, concluiu-se que o constituinte químico responsável pelos sintomas da cria-ensacada brasileira está presente na fração etanólica do pólen, podendo pertencer ao grupo dos taninos. Os resultados dos ensaios biológicos obtidos com a inflorescência foram semelhantes àqueles conseguidos com o pólen.