Avaliação da percepção e da participação de pacientes hospitalizados sobre ações no contexto da segurança do paciente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Machado, Amanda Aparecida Corrêa Martins
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/22769
Resumo: Este estudo trata do envolvimento do paciente como estratégia para a promoção de um ambiente de cuidados em saúde com mais segurança. Os objetivos foram avaliar a percepção do nível participação e o nível de participação para segurança do paciente, e investigar evidências a cerca do envolvimento do paciente na segurança do paciente. Utilizou-se como metodologia um estudo transversal, de abordagem quantitativa realizado em um hospital de ensino na Zona da Mata de Minas Gerais. A população do estudo foi composta por pacientes hospitalizados dos setores de internação clínico- cirúrgico adulto que atenderam aos seguintes critérios de inclusão: estar hospitalizado a pelo menos 24 horas, ter idade igual ou superior a 18 anos, estar lúcido, cooperativo, e orientado no tempo e no espaço. Foram excluídos os pacientes que, no momento da abordagem para coleta de dados, apresentavam-se sob efeito de sedação; em ventilação mecânica, e aqueles cujas condições clínicas não favoreciam a participação do paciente com segurança na coleta dos dados.Para a coleta dos dados utilizou-se um questionário estruturado adaptado, com amostra de 360 pacientes. Os dados foram analisados pelo software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 23.0. Foi realizada estatística descritiva com tabelas de distribuição de frequência, e estatística inferencial pelos testes quiquadrado, correlação de Spearman e de Pearson. . Os resultados mostraram que 239 (66%) entrevistados avaliam sua participação na assistência como alta. No que se refere à participação em ações para a segurança do paciente, 220 (61%) relataram ter realizado cinco atividades ou mais e foram classificados no grupo alta participação, enquanto 140 (39%) entrevistados realizaram menos de cinco atividades e foram classificados como baixo nível de participação, destacando o fato de 220 (61%) entrevistados afirmaram que nunca conferem a medicação ou fazem isso apenas esporadicamente. As variáveis sexo, escolaridade, idade, renda per capta, serviços de saúde, percepção do estado de saúde, acompanhamento médico contínuo, admissão pela emergência e confiança no autoconhecimento para prevenção de erros, interferiram no nível de participação dos pacientes. Foi encontrada correlação positiva fraca entre o número de atividades positivas realizadas e a percepção destes para seu nível de participação, demonstrando que o paciente com maior participação possui uma melhor percepção quanto ao seu nível de envolvimento no cuidado. Conclui-se que o envolvimento dos pacientes é essencial para construção de uma cultura de segurança. Porém, ainda se faz necessário maior conscientização dos pacientes, capaz de aumentar significativamente a compreenssão de seu papel e sua corresponsabilidade com seus próprios cuidado em saúde.