Efeitos da diferenciação sobre riscos e retornos da produção de café em Minas Gerais
Ano de defesa: | 2008 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Economia e Gerenciamento do Agronegócio; Economia das Relações Internacionais; Economia dos Recursos Mestrado em Economia Aplicada UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/9 |
Resumo: | A desregulamentação do mercado cafeeiro e o crescimento da demanda por bebidas de qualidade elevaram a concorrência no mercado e resultaram em maiores exigências sobre os produtores. Os cafés diferenciados emergiram como uma opção para garantir a competitividade do produto, em busca de receber preços superiores e obter as vantagens da atuação em um mercado onde a remuneração é definida de acordo com a qualidade do café. O número de produtores que produzem grãos diferenciados é crescente, embora a atuação no mercado convencional seja a preponderante. Destarte, o objetivo desta pesquisa foi realizar uma análise dos efeitos da estratégia de diferenciação adotada pelos produtores do Cerrado mineiro, em comparação aos cafeicultores convencionais do Sudoeste. O estudo baseou-se nas teorias de economia e administração financeira acerca do risco e nas teorias de economia e administração estratégica sobre diferenciação, além das teorias de administração mercadológica sobre utilização de marcas. Os retornos foram estimados por um índice que relaciona custos e preços margem operacional e a análise de riscos foi realizada a partir das medidas de dispersão e das estimativas do Value at Risk. Foi utilizado o Índice de Sharpe para realizar uma avaliação concomitante dos retornos e riscos relacionados à estratégia de diferenciação. Quanto aos retornos, os resultados indicaram que os cafeicultores do Cerrado obtiveram melhores preços e melhores margens que os produtores do Sudoeste. Além do diferencial de preços, constatou-se a existência de uma lacuna entre os custos de se produzir uma saca de café nas duas regiões, em decorrência da diferença de produtividade, favorável ao cafeicultor do Cerrado. A respeito dos riscos incorridos pelos produtores das duas regiões, verificou-se que a variabilidade dos preços do café do Cerrado é maior. Todavia, a variabilidade das margens, as quais consideram preços e custos produtivos, foi maior para a produção na região Sudoeste. As perdas potenciais também foram maiores para a produção de café nessa região. Os resultados favoráveis aos cafeicultores do Cerrado foram relacionados às diferenças dos custos produtivos e da qualidade dos cafés. Assim, a realização de incrementos na qualidade do produto, com vistas a melhorar a remuneração, e de melhorias na gestão do processo produtivo, em busca de reduzir os custos por saca, foram os aspectos considerados relevantes para melhorar o desempenho do produtor do Sudoeste. Em contrapartida, o gerenciamento do negócio cafeeiro foi apontado como fator decisivo para gerar os resultados positivos obtidos pelo produtor do Cerrado mineiro. |