Educação do Campo e territorialização de saberes: contribuições dos intercâmbios agroecológicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Zanelli, Fabrício Vassalli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/19521
Resumo: Em consonância com o paradigma da ciência da modernidade, o ideário da Revolução Verde espalhou pelo mundo um novo projeto de desenvolvimento do campo, cujas consequências foram graves, tanto para a biodiversidade planetária, quanto para os agricultores familiares, que passaram a ser vistos enquanto sujeitos atrasados, desprovidos de conhecimentos. Resistindo às consequências da Revolução Verde, diversas organizações de agricultores em todo o mundo passaram a produzir outro paradigma de desenvolvimento e de relação com a natureza. Entre as ações criadas está a metodologia Campesino a Campesino na América Latina, e os Intercâmbios Agroecológicos na Zona da Mata mineira. Ao longo desta dissertação, procuraremos analisar os Intercâmbios Agroecológicos em sua perspectiva metodológica, para compreender suas contribuições ao processo de territorialização de saberes agroecológicos na Zona da Mata mineira. Para tanto, realizamos revisões de literatura sobre os conceitos de Educação do Campo, Agroecologia, Territórios e Territórios Educativos. Realizamos também um processo de coleta de dados junto aos sujeitos participantes dos Intercâmbios Agroecológicos (agricultores e extensionistas) que envolveu entrevistas Semiestruturadas e Grupos Focais. Em seguida analisamos os dados coletados sob a influência do método da Análise de Conteúdos. A experiência educativa dos Intercâmbios Agroecológicos está em curso há mais de oito anos na região, e tem apontado avanços significativos no desenvolvimento de processos de diálogo, pesquisa e aprendizagem com os agricultores. Os relatos e as análises nos revelam que, apesar de existirem muitos desafios a serem superados, os Intercâmbios Agroecológicos têm desencadeado vigorosos processos formativos e fortalecido a ampliação da Agroecologia, num processo de formação coletiva que envolve agricultores e suas organizações sociais, Universidades e ONGs.