Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Alessandro de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6426
|
Resumo: |
Objetivo: Investigar a associação de perimetrias centrais e biomarcadores sanguíneos com a Síndrome Metabólica (MetS) e fatores de risco cardiometabólico em uma população de homens na meia idade residentes no sudeste brasileiro. Metodologia: Após aprovação do Comitê de Ética em pesquisa com seres humanos da Universidade Federal de Viçosa (Protocolo 96/2010), foram entrevistados 884 sujeitos, sendo que 300 homens na meia idade (idade: 51 ± 5 anos; índice de massa corpórea: 25,8 ± 3,4 kg/m 2), aparentemente saudáveis, participaram de todas as etapas deste estudo. Foram avaliadas as concentrações séricas dos biomarcadores lipídicos (colesterol total e frações e triglicérides) glicídicos (glicose e insulina) pró- inflamatórios [interleucina-18 (IL-18) e proteína C-reativa (PCR)], adiponectina e ácido úrico (AU); os perimetrias centrais (cintura, abdômen e umbilical); a composição corporal (percentual de gordura total e na área abdominal); o nível de atividade física; a ingestão dietética alimentar; o consumo de bebida alcoólica; o uso de tabaco; e o nível educacional. Além disso, foi verificada a prevalência de hipertensão, dislipidemia, hipertrigliceridemia, obesidade central, risco coronariano, resistência à ação da insulina, hiperglicemia e síndrome metabólica. Utilizando-se os pacotes estatísticos SPSS versão 17.0 e STATA versão 9.1, foram realizados: ANOVA, Kruskall-Wallis, teste t ou Mann- Whitney para a comparação de médias ou medianas; regressão de Poisson univariada ou multivariada ou logística ordinal para a verificação de associações entre as variáveis estudadas; e a curva ROC para a determinação de variáveis visando a identificação da ocorrência da MetS e/ou dos riscos cardiometabólicos. Em todas as análises adotou-se o nível de significância de 5 %. Resultados: A medida do perímetro umbilical (WCUL) apresentou maior capacidade de predição [AUC(IC)] do sobrepeso [0,93 (0,89-0,95)], obesidade [0,92 (0,89-0,95)] e obesidade central [0,90 (0,86-0,94)], quando comparado as medidas dos perímetros da cintura e abdômen. A ocorrência de WCUL ≥ 88,8 cm esteve associada positivamente (p <0,01) com o aumento na prevalência da MetS e outros fatores de risco cardiometabólico (hiperglicemia, hipertensão, dislipidemia e hipertrigliceridemia). Maiores concentrações séricas de IL-18 e menores de adiponectina foram encontrados nos indivíduos com MetS (p<0,01), comparados aos sem MetS. Ademais, IL-18 (≥ 336,4 pg/mL) demonstrou ser fator independente para a ocorrência da MetS, obesidade central, hipertrigliceridemia e índice LAP (Lipid Accumulation Product) superior a 51,28. Ao contrário, adiponectina (≥ 7,03 g/mL) demonstrou ser um fator de proteção na ocorrência de MetS, hipertrigliceridemia, dislipidemia e LAP > 51,28. Por sua vez, maiores concentrações séricas de ácido úrico (AU) foram encontradas nos indivíduos com dois ou mais componentes da MetS, quando comparados com indivíduos com um ou nenhum componente (p < 0.05). A inclusão do AU sérico (> 5,25 mg/dL) como um componente adicional no diagnóstico da MetS aumentou a ocorrência em 13%. Além disso, o AU sérico (≥ 5,25 mg/dL) apresentou associações positivas com a ocorrência de todos os componentes da MetS e com maior risco aterogênico (p<0,01). Conclusão: O perímetro umbilical apresentou melhor capacidade para a detecção de sobrepeso, obesidade e obesidade central. Além disso, o ponto de corte de 88,8 cm no perímetro umbilical apresentou associação positiva para a ocorrência de MetS e fatores de risco cardiometabólico. Por fim, os biomarcadores IL-18 e AU séricos apresentaram associação positiva, sendo adiponectina sérica negativa, com a ocorrência da MetS e com fatores de risco cardiometabólico em uma população de homens na meia idade residentes no sudeste brasileiro. |