Reconhecimento da organização de ondas sonoras em plantas: singularidade ou ubiquidade?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Salgado, Filipe Schitini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/27284
Resumo: Plantas respondem aos diversos estímulos ambientais por meio de alterações fisiológicas e estruturais, que podem impactar na sua sobrevivência e reprodução. Estudos anteriores sugerem que plantas da espécie Impatiens walleriana exibem respostas fotossintéticas diferentes quando expostas a um som da cigarra Quesada gigas gravado no ambiente natural e a esse mesmo som manipulado, indicando que tais plantas reconhecem diferentes padrões sonoros. Partindo disto, o objetivo desse trabalho foi testar se o reconhecimento sonoro observado em I. walleriana é um padrão de resposta comum à outros grupos do reino vegetal. Para testar essa hipótese, conduzimos experimentos utilizando plantas das espécies Impatiens walleriana (Balsaminaceae), Asplenium nidum (Polypodiaceae) e Catharantus roseus (Apocynaceae), que foram submetidas ao som natural gravado e a esse mesmo som após ter sido fragmentado e rearranjado aleatorizadamente e ao som gravado no modo reverso, tendo como tratamento controle as plantas não submetidas a esses sons. Foram mensurados parâmetros fotossintéticos de troca gasosa e de fluorometria da clorofila. Não foi verificada diferença entre os parâmetros fotossintéticos e apenas I. walleriana apresentou alterações nos parâmetros fluorométricos, decorrente dos tratamentos sonoros. Desta forma, os dados sugerem que o fenômeno de reconhecimento bioacústico pode estar presente neste gênero, ou mesmo família. Concluímos que experimentos futuros devem ser realizados, à fim de investigar a potencialidade do comportamento vegetal frente ao ambiente bioacústico.