Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Paula, Mayara Daher de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6450
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Resumo: |
A península Coppermine e a ilha Barrientos se localizam ao longo do arquipélago das Shetland do Sul, na Antártica marítima. As rochas encontradas nestes dois locais são formadas por lavas de olivina-basalto, do Cretáceo Superior. A olivina cristaliza-se primeiro, deixando um magma mais pobre em sílica e mais rico em ferro e magnésio, enquanto as demais rochas ígneas de origem vulcânica entre as ilhas Rei George e Low são em sua maioria, constituídas de andesitos, mais ricos em sílica e pobres em ferro. Considerando essa particularidade litológica foi proposta uma unidade litoestratigráfica separada: a “Formação Coppermine”. Nesse contexto, este é o primeiro trabalho pedológico realizado na “Formação Coppermine”, ou seja, em áreas onde predominam basaltos ricos em olivina. Os objetivos deste trabalho são estudar as características físicas, químicas e mineralógicas dos solos desenvolvidos sob lava olivina-basalto na península Coppermine (ilha Robert); e verificar a influência da ornitogênese na formação de solos vulcânicos mais antigos da ilha Barrientos. Para tanto, foram realizados estudos de gênese dos solos desenvolvidos de olivina-basalto e processos pedológicos no contexto de vulcanismo antigo na Antártica marítima, e sua influência nos ecossistemas terrestres. Além disso, classificou-se tais solos pelos sistemas de classificação Soil Taxonomy e WRB/FAO. As amostras foram coletadas em perfis, submetidas a análises físicas e químicas de rotina. Amostras selecionadas foram submetidas a extrações químicas com oxalato de amônio, pirofosfato de sódio e ditionito-citrato- bicarbonato, difração de raios-X e microanálises em seções finas. A maioria dos solos não apresentaram permafrost dentro dos 100 cm, sendo, portanto classificados como Entisols e Inceptisols (Soil Taxonomy) e Leptosols e Cambisols (WRB/FAO). A textura dos solos é grosseira, tendo a TFSA composta principalmente por areia, seguida por silte, sendo a classe textural franco-arenosa predominante. Os elevados teores de Na e K são atribuídos aos sprays salinos associados às feições geomórficas e aos ventos predominantes. A saturação por bases é elevada na maior parte dos solos (>50%), refletindo a litologia basáltica, com teores de Mg mais elevados que os de Ca. Na península Coppermine, os teores de fósforo extraível por Mehlich-1 são mais elevados nas áreas sob influência ornitogênica mais atual. A mineralogia da fração argila é composta basicamente por minerais 2:1 e plagioclásios. As propriedades dos solos como classe textural, cor, pH, carbono orgânico total, soma de bases e mineralogia são bem homogêneas entre si, reflexo do material de origem mais uniforme ao longo de toda a península. Entretanto, a variação de algumas propriedades pode ser atribuída principalmente à diferenciação do relevo. A influência da nidificação, apesar de representar importante fonte de nutrientes para os solos, assumem importância secundária como fonte de fosfatização. Na ilha Barrientos, porém, todos os solos possuem algum grau de ornitogênese, com valores de P (Mehlich-1) diferenciados sob influência da atividade de petréis ou pinguins. Os teores de P (Mehich-1) são menores na ilha Barrientos quando comparado a outras áreas da Antártica marítima, reflexo da menor população de aves atual. A presença de strengita na fração argila dos solos da ilha Barrientos está fortemente relacionada ao material de origem, bem mais rico em Fe que os andesitos das demais Ilhas Shetland do Sul. |