Efeito de diferentes formas físicas de suplementos de carboidrato no desempenho físico
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Valor nutricional de alimentos e de dietas; Nutrição nas enfermidades agudas e crônicas não transmis Mestrado em Ciência da Nutrição UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/2749 |
Resumo: | Diversos estudos têm demonstrado que a ingestão de carboidrato durante o exercício na forma de bebidas esportivas pode aumentar a oxidação de carboidrato e o desempenho em exercícios prolongados, além de auxiliarem na absorção e retenção de líquidos. No entanto, ainda não está esclarecido se outras formas de suplementos de carboidrato que são rotineiramente consumidas por atletas, como gel e barra energética, são tão eficazes quanto as bebidas. O objetivo do presente estudo foi verificar se existe diferença nas taxas de oxidação, no metabolismo, no desempenho e na reposição hídrica a partir da ingestão de suplementos de carboidrato na forma de bebida, gel e barra durante um exercício de longa duração em cicloergômetro. Em quatro dias separados, doze homens (idade = 22 ± 3 anos, peso = 71,5 ± 8,3 kg, estatura = 1,75 ± 0,06 m, VO2max = 54,56 ± 4,85 mL.kg-1.min-1) realizaram um exercício em cicloergômetro com duração de 90 minutos a uma intensidade de 55-60% do VO2max, seguido por um sprint de 6 km. Os participantes ingeriam 0,7 g carboidrato.kg-1.hora-1 na forma de bebida, gel ou barra, ou ingeriam água pura, antes, durante e depois do exercício. Nos tratamentos com gel e barra também houve consumo de água. O consumo de líquidos durante cada uma das situações experimentais foi de 3 mL.kg-1 de peso corporal imediatamente antes do início do exercício, a cada 20 minutos ao longo do exercício, bem como após o final do sprint. Uma amostra de sangue era coletada ao início do exercício, a cada 30 minutos durante o exercício e ao final do sprint. Foram realizadas medições das taxas de trocas respiratórias, por um analisador de gases, ao início do exercício, nos mesmos intervalos de 30 minutos e durante o sprint. Para avaliar o balanço hídrico e o estado de hidratação dos avaliados, foi registrado o peso corporal antes e após o exercício, o volume urinário após o exercício e a densidade da urina antes e após o exercício. O registro do peso corporal e do volume urinário permitiu o cálculo da perda de peso, do percentual de perda de peso, da sudorese total e da retenção de líquidos. Todos os testes experimentais foram realizados em semelhantes condições ambientais de temperatura e umidade relativa do ar. O VO2, %VO2max, quociente respiratório, oxidação de carboidrato e gordura não foram estatisticamente diferentes (p>0,05) entre os tratamentos. As concentrações plasmáticas de glicose foram significantemente maiores (p<0,001) para os suplementos de carboidrato comparados com água, sem diferenças entre os suplementos. Não houve diferença nas concentrações plasmáticas de lactato entre os tratamentos (p>0,05). O tempo do sprint foi maior para a água pura comparada aos suplementos, apesar desta diferença não ter sido estatisticamente significante (p=0,065). Todos os parâmetros monitorados referentes ao equilíbrio hídrico não apresentaram diferença significativa entre os quatro testes experimentais (p>0,05). Contudo, houve uma redução estatisticamente significante (p<0,001) do peso corporal após o exercício. As concentrações plasmáticas de sódio e potássio no repouso, durante o exercício e após o sprint foram semelhantes (p>0,05) entre os tratamentos. As concentrações de sódio não mudaram significantemente durante o exercício e após o sprint para todos os tratamentos. As concentrações de potássio foram significantemente maiores (p<0,05) durante o exercício e após o sprint quando comparadas ao repouso para todos os tratamentos. Houve uma redução significativa do volume plasmático (p<0,05) durante o exercício em relação ao repouso e esta redução se acentuou significativamente (p<0,05) após o sprint, para todos os tratamentos, sem diferença entre estes. Nas condições ambientais e de exercício propostas no presente estudo, quando as mesmas quantidades de carboidrato e volumes iguais de líquidos são ingeridos, suplementos de carboidrato nas formas de bebida, gel e barra geram respostas semelhantes no metabolismo, na oxidação, no desempenho e na reposição hídrica. |