Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Souza, Patrícia Aparecida de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9223
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Resumo: |
A serapilheira apresenta um grande potencial para a recuperação de áreas degradadas, sendo fonte de sementes de plantas herbáceas, arbustivas e arbóreas. A utilização da serapilheira para a recuperação de áreas degradadas é uma técnica viável, mas é recente e precisa de mais estudos. Um dos maiores problemas encontrados é a sazonalidade na deposição da serapilheira, o que torna difícil saber a melhor época de coleta da mesma na mata, para ser levada para a área a ser recuperada. Diante deste fato, o objetivo do trabalho foi apresentar informações sobre a sazonalidade no uso do banco de sementes da serapilheira de um fragmento de Floresta Estacional Semidecidual. O presente estudo foi realizado na “Mata da Garagem”, situada no campus da Universidade Federal de Viçosa, no município de Viçosa (42° W e 20° S), na Zona da Mata Mineira. Para a coleta 53’ 45’ da serapilheira, foram escolhidos, na “Mata da Garagem”, locais representativos de diferentes estádios de sucessão secundária. A serapilheira foi coletada em pontos distribuídos de forma aleatória, dentro dos 3 locais de coleta na mata, com auxílio de um gabarito quadrado de madeira de 0,25 x 0,25 m2 (0,0625 m2), colocado sobre a superfície do solo, até uma profundidade de 5 cm. A serapilheira coletada na mata foi armazenada em sacos plásticos pretos, identificados por etiquetas e transportados para o Viveiro Florestal da UFV, onde foram depositados imediatamente em caixas de madeira de 50 x 50 x 15 cm. No viveiro, as caixas de madeira foram dispostas em 3 tratamentos: 1) Casa de vegetação, 2) Campo e 3) Campo + proteção, em DBC. O experimento constou de 6 repetições. Foram identificados e medidos 684 indivíduos de espécies arbóreas pertencentes a 24 espécies e 17 famílias e identificados 2262 indivíduos de espécies herbáceas pertencentes a 98 espécies e 35 famílias. Os resultados obtidos no levantamento dos indivíduos germinados no banco de sementes do fragmento florestal caracterizado como Floresta Estacional Semidecidual demonstraram variação sazonal na época de coleta para o número de indivíduos. Para se estipular a melhor época de coleta de sementes na serapilheira em determinada área, é preciso conhecer as espécies que ocorrem na mesma, por meio de levantamentos fitossociológicos, bem como conhecer as épocas de frutificação destas espécies e se estas formam banco de sementes no solo. Nas condições experimentais do presente estudo, para as espécies arbóreas, a melhor época de coleta, que resultou em maior número de sementes germinadas foi em meados da estação chuvosa e estação seca e, para as herbáceas, a melhor época foi a estação chuvosa; a composição do banco de sementes foi dominada por espécies herbáceas, do total de 2946 indivíduos; as espécies arbóreas representaram 23,22% do total e as espécies herbáceas 76,78%. Para as espécies arbóreas, o local de coleta que proporcionou o maior número de indivíduos foi o local 3 e, para as herbáceas, não houve diferença entre os locais de coleta para o número de indivíduos. Tanto para as espécies arbóreas como para as herbáceas o melhor tratamento foi o da casa de vegetação. O tratamento campo e o tratamento campo + proteção apresentaram baixa germinação, principalmente as espécies arbóreas, provavelmente, devido ao estresse hídrico. As espécies arbóreas embaúba e trema apresentaram maior número de indivíduos germinados e a metodologia utilizada para a coleta de serapilheira/solo na amostragem do banco de sementes mostrou-se eficiente, pois coletaram-se sementes de espécies formadoras do banco de sementes persistentes (pioneiras e secundárias iniciais) e do banco transitório (secundárias tardias e clímaxes). |