Um panorama sobre diversidade de gênero na indústria de jogos indie no Brasil
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Ciência da Computação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br/handle/123456789/33021 https://doi.org/10.47328/ufvcaf.2024.014 |
Resumo: | Os jogos digitais tornaram-se uma parte fundamental da cultura global de entretenimento, e no Brasil, 50,9% das pessoas jogadoras são mulheres. No entanto, apesar desse cenário aparentemente equitativo, a literatura aponta para uma baixa representatividade feminina tanto entre os personagens dos jogos quanto nas equipes de desenvolvimento. Entre os estudos que exploram a temática de gênero em jogos digitais, a maioria tem focado nas personagens e no impacto destas em mulheres jogadoras. Um dos temas menos explorados é a participação feminina no desenvolvimento de jogos digitais. No contexto brasileiro, destacam-se as empresas de desenvolvimento de jogos indie, que representam cerca de 57% desse mercado. Jogos indie são produzidos por uma única pessoa ou por pequenas equipes. A literatura também tem apontado uma escassez de estudos que abordam a temática de gênero no desenvolvimento de jogos indie no Brasil. O objetivo desta pesquisa é identificar se existe impacto da diversidade de gênero no desenvolvimento de jogos indie no contexto brasileiro e, em caso positivo, como isso se propaga no ambiente de trabalho, no ciclo de desenvolvimento e em elementos dos jogos. Para alcançar este objetivo, a pesquisa foi realizada junto a cinco empresas brasileiras de desenvolvimento de jogos indie. Os resultados indicaram que o perfil das pessoas desenvolvedoras nas empresas participantes é semelhante ao da indústria convencional de jogos digitais, com a maioria sendo homens (59,1%) e brancos (77,3%), mas com melhores índices de participação feminina nos cargos. No ambiente de trabalho, 87,5% das mulheres destas empresas relataram enfrentar desafios relacionados à diversidade de gênero, seja neste ambiente, ou em redes sociais de negócios e empregos. Quanto ao impacto da diversidade de gênero na produtividade, as equipes mais diversas apresentaram melhores índices de produtividade em relação ao tempo de atraso, com uma média de apenas 16,5% do tempo total. Embora não haja uma correlação direta entre a diversidade das equipes avaliadas e a diversidade dos personagens nos jogos, os jogos criados por equipes mais diversas obtiveram maior aceitação do público, com uma média de 95,7% de avaliações positivas em plataformas de distribuição digital de jogos. Palavras-chave: Mulheres Desenvolvedoras. Índice Blau de Diversidade. Ciclo de Desenvolvimento. |