Produção, purificação e caracterização bioquímica de dextranase de Paecilomyces marquandii
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Bioquímica e Biologia molecular de plantas; Bioquímica e Biologia molecular animal Doutorado em Bioquímica Agrícola UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/296 |
Resumo: | Dextranases (EC 3.2.1.-) catalisam a hidrólise de ligações glicosídicas α(1-6) em polissacarídios de dextrana e são produzidas por fungos, bactérias e algumas leveduras. São utilizadas na eliminação de dextranas produzidas por bactérias que podem ocasionar sérios problemas ao longo de todo o processamento de açúcar, na prevenção e tratamento de cáries, produção de isomaltooligossacarídios e oligodextranas com funções pré-bióticas, elaboração de produtos de limpeza e síntese de dextranas para aplicações clínicas. O objetivo desse trabalho foi produzir, purificar e caracterizar bioquimicamente a dextranase produzida pelo fungo Paecilomyces marquandii. Os efeitos de vários componentes do meio de cultura, pH e temperatura de incubação foram estudados sobre a produção da dextranase utilizando o delineamento de Plackett- Burman. Dextrana, nitrato de amônio e extrato de levedura apresentaram efeito positivo significativo sobre a produção da dextranase, enquanto o efeito de triptona foi negativo. De acordo com o experimento fatorial completo, as condições de maior produção da dextranase estão dentro do espaço experimental utilizado nesse trabalho. Isso permite a modelagem da superfície de resposta e a determinação dos níveis desses fatores para a produção máxima da dextranase. A dextranase de Paecilomyces marquandii foi purificada utilizando cromatografias em resinas DEAE-Sepharose e CM-Sepharose, com rendimento de 24% e atividade específica de 1.036 U.mg-1. A massa molecular foi estimada em 73 kDa por SDS-PAGE. A dextranase apresentou maior atividade em pH 6,0 e estabilidade na faixa de pH de 5 a 7 a 40 °C durante 30 minutos. A temperatura de maior atividade foi 55 °C e durante 4 horas a 37 °C a enzima foi estável. A meia-vida foi de 55 horas a 37 °C e 14 minutos a 55 °C. O reagente SDS e os íons Ag+, Cu+ e Pb2+ reduziram a atividade enzimática em 80%, 40%, 51% e 53%, respectivamente. O aumento da atividade da dextranase na presença de Fe2+ foi de 20% e Mn2+ foi de 15%. Esses efeitos foram medidos utilizando 10 mM de cada reagente. O valor de KM foi de 0,59 g.L-1 e Vmax foi de 0,89 mmol glicose.min-1 a 40 °C para dextrana (massa molecular entre 60.000 e 90.000). |