Efeito do intervalo de irrigação no desenvolvimento e produção da cultura do tomate para mesa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Fara, Sorotori Jacob
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/29032
Resumo: O tomate é a segunda principal hortaliça, em volume, consumida in natura (tomate de mesa) ou processada (tomate industrial ou rasteiro) no mundo sendo superada pela batata. Então, apesar de todos os estudos já realizados, é importante pesquisar o melhor intervalo de irrigação que facilite o bom funcionamento de estômatos, permitindo melhor eficiência fotossintética e, em consequência, melhor produtividade primária. O arranjo de plantas e a irrigação por gotejamento têm-se mostrado parâmetros fundamentais para as condições de produção, além de contribuir para o aumento da qualidade de frutos e a maior eficiência de uso de água. Entretanto, a má gestão da irrigação pode diminuir a produção, tornando necessário que se busque o equilíbrio entre a economia de água e a obtenção de níveis satisfatórios de rendimentos. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do intervalo da irrigação sobre as características morfofisiológicas, eficiência fotossintética, produtividade e qualidade de frutos em tomateiro. Nesse sentido, foram avaliados cinco regimes de irrigação, a saber: irrigação diária, irrigação a cada três dias, irrigação a cada cinco dias, irrigação a cada sete dias e irrigação a cada nove dias. Os experimentos foram realizados em delineamento de blocos casualizados (DBC) com cinco tratamentos e cinco repetições. Os ensaios foram realizados na Horta de Pesquisa do Departamento de Fitotecnia (UFV-MG), nos períodos de maio a outubro de 2017 (Experimento 1) e março a agosto de 2018 (Experimento 2). Durante os experimentos, foram avaliadas as características agronômicas e morfofisiológicas das plantas. Observou-se que a produtividade do intervalo de irrigação de sete dias teve um pico máximo da produção de frutos, alcançando uma média de 149 toneladas por hectare. Teve maior eficiência fotossintética e maior eficiência de uso da água nesses tratamentos. Por outro lado, a irrigação diária resultou em menor produção, maior abertura estomática, porém com menor acúmulo de biomassa devido à baixa taxa de fotossíntese, além da maior frequência de doenças e pragas em plantas e frutos com defeito. A densidade radicular foi maior com irrigação a cada 5 e 7 dias, correspondendo à maior profundidade de enraizamento. Assim, o maior intervalo de irrigação proporcionou maior enraizamento, maior abertura estomática e eficiência fotossintética, além de maior produtividade. Na mesma condição experimental, a análise do conteúdo relativo de água, o índice de área foliar e temperatura foliar não mostrou diferença significativa entre tratamentos. A expressão de ABA, Citocinina e de prolina foram menores sob os maiores intervalos de irrigação apontado menor estresse hídrico e manutenção de maior abertura estomática. Os frutos apresentaram mesma qualidade padrão em todos tratamentos independentemente do intervalo de irrigação aplicado. Maiores valores de eficiência de uso de água foram obtidos em maiores intervalos de irrigação, justificando, desta forma, os efeitos benéficos na economia de água e energia na cultura de tomateiro em campo aberto. Palavras-chave: Eficiência fotossintética. Estômato aberto. Intervalo de irrigação. Produtividade. Qualidade de frutos. Solanum lycopersicon.