Efeito da radiação solar e pré-desinfecção na caracterização lipídica de biomassa cultivada em lagoas de alta taxa utilizando esgoto doméstico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Assemany, Paula Peixoto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Geotecnia; Saneamento ambiental
Mestrado em Engenharia Civil
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3791
Resumo: Microalgas são, atualmente, consideradas como uma das mais promissoras fontes alternativas para a produção de biodiesel. Variações nas condições de cultivo, aliadas ao cultivo em águas residuárias, são usualmente empregadas, visando maximizar o acúmulo de lipídeos a um custo relativamente baixo. Esse estudo objetivou investigar a influência de diferentes intensidades luminosas e da prédesinfecção por radiação ultravioleta na caracterização lipídica de microalgas cultivadas em lagoas de alta taxa, utilizando esgoto doméstico como meio de cultivo. Foram operadas em paralelo doze lagoas de alta taxa. Uma linha era composta de seis lagoas que receberam efluentes domésticos diretamente do reator UASB, e a outra linha de seis lagoas que tiveram como meio de cultivo efluente doméstico do UASB que passou por processo prévio de desinfecção ultravioleta. As unidades foram ainda cobertas com telas de sombreamento para o bloqueio de 9, 18, 30, 60 e 80% da radiação solar. Os resultados mostraram que os gêneros Chlorella e Desmodesmus foram os dominantes em todas as unidades. O teor de lipídeos totais não variou significativamente entre as unidades, ficando em torno de 9,5%. As unidades com maior bloqueio da radiação solar foram as que menos acumularam lipídeos. Além da radiação solar fotossinteticamente ativa medida no ar (PAR), as variáveis PAR subaquática, concentração de SSV e de clorofila a explicaram o acúmulo de lipídeos. Em termos de produtividade lipídica, a unidade com maior sombreamento e sem a pré-desinfecção UV foi a mais produtiva, com valor médio de 1,21 g. m-2.d-1. O perfil lipídico teve maior predominância dos ácidos graxos C16, C18:1 e C18:3. De forma geral, a condição com 60% de sombra e sem a pré-desinfecção UV, foi a que aliou as melhores características, em termos de quantidade e qualidade, dos lipídeos acumulados para produção de biodiesel.