Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Moraes, Leila Cristina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/19560
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Resumo: |
O presente trabalho de dissertação versou a respeito de práticas instituintes engendradas nos cotidianos escolares da Escola Municipal Ministro Edmundo Lins (EMMEL). O ensejo principal desta pesquisa, foi acompanhar as relações cotidianas, que em meio aos currículos, normas e regras, entrelaçavam outros mundos não oficiais, com especial atenção aos lances diversos que “recreiavam” os diferentes micro-lugares da escola pesquisada. Enquanto caminho metodológico utilizei a uma proposta cartográfica (DELEUZE; GUATARRI,1995) para acompanhar os processos móveis em práticas cotidianas diversas da instituição, nas suas diferentes tramas de relações, conflitos, pluralidade e criatividades. Nessa escola há a peculiaridade de um recreio constantemente vigiado/cuidado, por funcionários, aqui chamados de cuidadores, que eram deslocados de suas funções a fim de se posicionarem em “pontos estratégicos” do pátio escolar, vigiando os espaços, nos seus cantos e apropriações, para que, assim, se evitasse que as crianças e adolescentes criassem algo não planejado, controlando as correrias, intensidades e novidades que desembalavam o espaçotempo do recreio escolar. Nesses momentos eram feitas tentativas de se preservar um ambiente escolar mais controlado e produtivo, e para isso, se distanciava das dimensões que aglutinassem o prazer e o trabalho. Entretanto, ao longo deste trabalho, foram narradas algumas experiências em que os praticantes ousavam tecer misturas entre lazer/ócio, estudo e trabalho, dentro e fora dos espaços institucionalizados para o recreio: fossem nas trocas de bilhetes; nos movimentos recreativos durante a aula; nos cochichos; ou em mensagens por meio de mídias sociais entre docentes e discentes. Assim, mesmo rodeados dos antolhos escolares, dos muros que indicavam uma única direção, nos cotidianos escolares eram tecidas composições a construírem encontros que insistiam em inventar coloridos; que insistiam na ousadia e risco de experienciar a novidade que brotava em árvores, relações, brincadeiras, espaços, “cantinhos” e recreios. Desta maneira, concluímos que os praticantes gestavam diferentes “recreiares” (recrear + criar) em lances de ludicidade e invenção que teciam acontecimentos indicativos em espaçostempos que se desdobrava para além de um intervalo entre aulas. Portanto, podemos concluir que o recreio não se limitava apenas aos quinze minutos reservados para este fim, sendo que havia outros múltiplos “recreiares” que transversalizavam diferentes cotidianos da EMMEL e que, não se restringindo às produções das crianças/adolescentes, abrangiam todos os praticantes daquela escola. |