Dieta e ordem de ejaculação na qualidade seminal do macho caprino e potencial uso do homeopático Arnica montana na maturação in vitro de oócitos bovinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Novaes, Marco Aurélio Schiavo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/26633
Resumo: Foram realizados três experimentos, independentes entre si, com vistas a estudar temas associados à eficiência reprodutiva de caprinos e bovinos. Foram objetivos, respectivamente: 1) estudar o efeito da oferta de uma dieta em nível de manutenção, em comparação com a ingestão ad libitum, sobre o comportamento sexual e a qualidade seminal do sêmen criopreservado de machos caprinos; 2) comparar a qualidade seminal do primeiro e do segundo ejaculados de machos caprinos do sêmen fresco e criopreservado; e, 3) a adição do homeopático Arnica montana 6 CH ao meio de maturação de oócitos bovinos submetidos ou não ao estresse térmico. No primeiro experimento, foi fornecida uma mesma dieta padrão em manutenção (n = 5) e ad libitum (n = 5) a dez bodes jovens da raça Alpina. Foram avaliados parâmetros nutricionais, fisiológicos, biométricos, histológicos e espermáticos pós-descongelação. Nesse estudo, o fornecimento da dieta em manutenção resultou em menor (p <0,05) escore corporal, volume espermático e circunferência testicular e aumento (p < 0,05) do número de defeitos espermáticos menores e totais. Entretanto, não houve diferença entre os tratamentos (p > 0,05) quanto à síntese de testosterona, comportamento sexual, marcadores de estresse oxidativo no testículo, turbilhonamento, motilidade, vigor, concentração espermática, integridade funcional da membrana plásmática, termorresistência, integridade das membranas plasmática e acrossomal, presença de espécies reativas de oxigênio (ERO) e peroxidação lipídica da membrana plasmática. Portanto, o fornecimento da dieta em manutenção não compromete a capacidade reprodutiva de caprinos jovens, podendo, ainda, reduzir custos de produção. No segundo experimento, foram comparadas as qualidades seminais do primeiro e segundo ejaculados frescos e congelados de machos caprinos jovens por citometria de fluxo. O primeiro ejaculado apresentou maior porcentagem (p < 0,05) de defeitos menores e totais no sêmen fresco e pós- descongelação. Entretanto, os tratamentos não diferiram (p > 0,05) quanto à cor, aspecto, volume, turbilhonamento, motilidade, vigor, concentração espermática, termoresistência, reatividade no meio hiposmótico, integridade das membranas plasmática e acrossomal, presença de ERO e peroxidação lipídica da membrana plasmática. Entretanto, apesar de demonstrarem qualidade seminal similiar, os ejaculados apresentaram diferenças quantos aos fatores que comprometem a viabilidade espermática pós-congelamento. No terceiro experimento, foi avaliado o efeito da adição do homeopático Arnica montana ao meio de maturação in vitro (MIV) de oócitos bovinos submetidos ou não ao estresse por calor (EC). O experimento foi dividido em duas etapas: com ou sem EC. O controle (sem estresse) consistiu em maturação a 38,5 °C por 24 h, enquanto no EC a maturação foi procedida a 41 °C por 12 h seguidas de 12 h a 38,5 °C. Exceto pelo tratamento controle, em ambas as condições foram adicionados aos meios de MIV álcool (veículo homeopático, 30 % v/v) ou Arnica montanahomeopática 6 CH. Foram avaliados presença de ROS nos meios de MIV, configuração da cromatina dos oócitos, taxas de clivagem e formação de embriões no sétimo dia de cultivo (D7), classificação embrionária e total de células nos blastocistos. Na maturação na ausência do EC, a Arnica montana 6 CH reduziu (p < 0,05) as taxas de clivagem e blastocistos em D7 em relação aos demais tratamentos. Contudo, na presença do EC, o tratamento Arnica montana 6 CH apresentou a maior (p < 0,05) contagem de blastômeros dentre todos os tratamentos. O EC resultou em menores taxas de embriões em D7 e blastocistos expandidos que os demais tratamentos (p < 0,05). Portanto, a homeopatia apresentou resposta diferentequando aplicado ou não o estresse térmico, sendo prejudicial à maturação oocitária e ao desenvolvimento embrionário na ausência do estresse, mas benéfica na presença do EC, demonstrando, assim, potencial termoprotetor na MIV de oócitos bovinos.