Estudo comparativo da dinâmica folicular ovariana e concentrações plasmáticas de FSH e LH em éguas lactantes e não-lactantes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Godoi, Daniel Barbosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de
Mestrado em Medicina Veterinária
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/5205
Resumo: A foliculogênese em éguas pós-parto foi estudada objetivando-se avaliar comparativamente a dinâmica folicular ovariana e os perfis endócrinos dos hormônios folículo estimulante (FSH) e luteinizante (LH) em éguas lactantes (pós-parto) e Não-Lactantes. Adicionalmente, o efeito da estação e da condição corporal, bem como mudanças na ecotextura uterina e diâmetro do corpo lúteo, foram avaliados. O Grupo Lactante foi composto por éguas (n = 24) que estavam gestantes e que no dia do parto foram introduzidas no experimento. O Grupo Não-Lactante foi constituído de éguas (n = 15) nãogestantes e cíclicas, após sorteio realizado no mesmo dia do parto de cada égua do Grupo Lactante. Exames ultra-sonográficos dos ovários e útero foram realizados diariamente. Peso e escore corporal foram avaliados no dia do parto, para o Grupo Lactante e no dia do sorteio; para o Grupo Não-Lactante e, posteriormente, a cada semana, para ambos os grupos. A emergência folicular ocorreu antes ou muito próximo ao parto nas éguas do Grupo Lactante, que ovularam durante o cio do potro . O futuro folículo dominante, no dia da sua emergência, apresentou vantagem em diâmetro em relação ao folículo subordinado. Adicionalmente, durante o puerpério e primeiro intervalo interovulatório pós-parto do Grupo Lactante, os dois maiores folículos da onda ovulatória apresentaram taxas de crescimento semelhantes entre a emergência e a divergência. As taxas de crescimento dos dois maiores folículos não foram afetadas pela estação. Não existiu diferença também nos intervalos da emergência do folículo dominante à divergência e à ovulação, entre éguas dos Grupos Lactante e Não-Lactante. A emergência da onda folicular ovulatória foi acompanhada de concentrações elevadas e, ou, crescentes de FSH nos Grupos Lactante e Não-Lactante. Devido à precocidade na emergência folicular durante o puerpério, a divergência folicular, neste mesmo período, ocorreu, também, precocemente, quando comparada a éguas do Grupo Não-Lactante. O mecanismo de seleção folicular (divergência folicular), no Grupo Lactante, demonstrou ser semelhante ao encontrado no Grupo Não-Lactante, devido à similaridade dos diâmetros foliculares e concentrações plasmáticas de FSH e LH ao redor do momento da divergência folicular. O máximo diâmetro do folículo dominante e o seu diâmetro no dia anterior à ovulação foram maiores no Grupo Lactante comparados ao Grupo Não-Lactante. Maior número de ondas foliculares menores foram identificadas, pelo método matemático, no Grupo Lactante, quando comparado ao Grupo Não-Lactante. O pico da ecotextura uterina ocorreu mais precocemente nas éguas do Grupo Lactante, em relação à ovulação, quando comparado ao Grupo Não-Lactante. A luteólise, aparentemente, não diferiu entre as éguas dos Grupos Lactante e Não-Lactante. Maiores intervalos do parto à primeira ovulação (Grupo Lactante), estiveram associados com menor condição corporal aos 22 dias pós-parto, maior perda de peso e ocorrência do parto na Primavera. Quatro situações reprodutivas distintas foram caracterizadas nas éguas do Grupo Lactante: a) Ciclicidade reprodutiva contínua após o parto; b) Intervalo prolongado do parto à ovulação; c) Ovulação pós-parto seguida de anestro; e d) Anestro pós-parto. O presente estudo demonstra, portanto, que a foliculogênese em éguas pós-parto sofre a influência direta do parto, mas que em muito se assemelha à foliculogênese de éguas não-lactantes, sobretudo a partir da ocorrência da seleção folicular.