Araticum, cagaita, jatobá, mangaba e pequi do Cerrado de Minas Gerais: ocorrência e conteúdo de carotenóides e vitaminas
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Valor nutricional de alimentos e de dietas; Nutrição nas enfermidades agudas e crônicas não transmis Mestrado em Ciência da Nutrição UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/2777 |
Resumo: | O Brasil, devido a suas dimensões continentais, possui uma infinidade de biomas, dentre os quais destaca-se o Cerrado. Esse bioma possui uma grande diversidade vegetal que produz frutos que apresentam características peculiares e que devem ser mais bem caracterizados e explorados. A exploração agrícola-econômica dos frutos do Cerrado, por meio do extrativismo, contribui para a geração de renda, em especial de famílias pertencentes a grupos em vulnerabilidade social. Além disso, devido às suas excelentes características nutricionais, esses frutos constituem boa alternativa alimentar podendo contribuir de forma importante na melhoria da alimentação e conseqüentemente no aporte nutricional individual. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo avaliar as características físicas, a composição química, a ocorrência e o conteúdo de carotenóides ( -caroteno, -caroteno, -criptoxantina e licopeno), vitamina C (ácido ascórbico e ácido desidroascórbico), vitamina E ( -, tocotrienol) e folatos (tetraidrofolato, -, - e -tocoferol e 5-metiltetraidrofolato e 5- formiltetraidrofolato) de frutos do Cerrado de Minas Gerais. Foram utilizados frutos do araticum, cagaita, jatobá, mangaba e pequi coletados em época de safra no Cerrado de Minas Gerais. No laboratório, foram avaliadas as características físicas dos frutos (massa, diâmetros, comprimento e rendimento). Foram determinadas a acidez titulável, sólidos solúveis e pH na polpa in natura dos frutos. Umidade, cinzas, proteínas, lipídios e fibra alimentar total foram determinadas na polpa in natura de araticum, cagaita, mangaba e jatobá, e polpa cozida de pequi. A umidade foi determinada em estufa a 105 ° e as cinzas em mufla a 550 ° As proteínas foram C C. determinadas pelo método micro-kjeldhal e a fibra alimentar total pelo método gravimétrico não enzimático. Os lipídios foram determinados em extrator Soxhlet. As análises de vitamina C e carotenóides foram feitas por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), com detecção UV-visível e a de vitamina E e folatos por CLAE, com detecção por fluorescência. Os frutos do Cerrado de Minas Gerais apresentaram cores atrativas e formas variadas. O araticum, a cagaita e a mangaba apresentaram rendimento de polpa elevado enquanto que o pequi e o jatobá apresentaram baixo rendimento de polpa. Os sólidos solúveis nos frutos variaram de 4,84 oBrix, para o jatobá, a 22,54 oBrix, para o araticum. A umidade variou de 8,75 g 100g-1, para o jatobá, a 91,56 g 100g-1, para a cagaita. O jatobá apresentou o maior conteúdo de fibra alimentar (44,28 g 100g-1) e o menor conteúdo de fibra alimentar foi observado na cagaita (1,51 g 100g-1). O teor de lipídios variou de 0,57 g 100g-1, para a cagaita, a 33,07 g 100g-1, para o pequi. O valor energético variou de 29,83 kcal 100g-1, para a cagaita, a 317,19 kcal 100g-1, para o pequi. Os maiores conteúdos de carotenóides foram observados no pequi (8,10 mg 100g-1) e araticum (4,98 mg 100g-1) (p < 0,05), os quais mostraram-se excelentes fontes de vitamina A. A cagaita e a mangaba foram excelentes fontes de vitamina C, sendo observados teores de 165,82 e 34,11 mg 100-1, respectivamente. A mangaba mostrou-se excelente fonte de folatos (98,31 vitamina (53,46 100g-1), e o jatobá foi boa fonte dessa 100g-1). Os frutos analisados não foram fontes de vitamina E. Os frutos do Cerrado de Minas Gerais apresentaram excelente valor nutricional, sendo alguns deles ricos em macronutrientes, como fibra alimentar e lipídios, e micronutrientes, como carotenóides e vitaminas. Esses frutos constituem uma importante alternativa alimentar podendo contribuir para o acesso a uma alimentação adequada, em especial em regiões que possuem elevado nível de insegurança alimentar e onde alimentos tradicionais da dieta brasileira e considerados fontes desses nutrientes podem estar escassos ou ausentes. |