Aspectos da biologia de Melipona rufiventris Lepeletier, 1836 e de Melipona mondury Smith, 1863 (Hymenoptera: Apidae, Meliponina)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Lima, Maria Augusta Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9956
Resumo: Melipona rufiventris e Melipona mondury eram consideradas, até recentemente, a mesma espécie e foram incluídas - citadas como M. rufiventris - entre as espécies ameaçadas de extinção da fauna nativa de Minas Gerais, Brasil. O objetivo deste trabalho foi auxiliar na conservação de M. rufiventris e de M. mondury por meio de estudos sobre alguns aspectos da biologia geral e da biologia reprodutiva destas duas espécies. Utilizaram- se colônias de M. rufiventris e de M. mondury provenientes de diferentes regiões do sudeste brasileiro. Verificaram-se as proporções de sexo e castas nas colônias e os pesos do alimento larval e dos ovos armazenados nas células de cria. Foram realizadas comparações dos pesos do alimento larval e dos ovos entre colônias de M. mondury e de M. rufiventris. Dos indivíduos nascidos nos favos coletados 93,2% eram operárias, 4,77% eram rainhas e 2,03% machos. Constatou-se que as proporções de sexo e casta variam sazonalmente e entre colônias e que o tempo de desenvolvimento do ovo até imago é diferenciado entre sexo e entre castas. Os pesos do alimento larval e dos ovos diferiram significativamente entre ninhos de M. rufiventris e de M. mondury. Machos de diferentes idades de M. mondury foram dissecados e a idade de maturação sexual dos zangões foi determinada. Para M. mondury, são descritos os processos de reabsorção testicular e de aumento do volume da vesícula seminal à medida em que os machos tornam-se mais velhos. Machos dessa espécie tornam-se maduros aproximadamente 15 dias após a emergência. Sugere-se que nas tentativas de acasalamento em laboratório sejam utilizados machos a partir dessa idade. As diferenças entre as “formas” estudadas reforçam o status de espécie para M. mondury. Os resultados obtidos neste estudo serão utilizados para subsidiar planos de manejo para as duas espécies, podendo também auxiliar na produção de colônias por meio de acasalamentos em laboratório.