Óleo essencial de hortelã-pimenta (Mentha piperita) como promotor de crescimento em dietas para juvenis de tilápia-do-Nilo (Oreochromis niloticus)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Carvalho, Gustavo Augusto de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/28440
Resumo: Os óleos essenciais são compostos biodegradáveis ricamente concentrados em metabólitos secundários de plantas aromáticas que apresentam potencial para serem utilizados como promotores de crescimento para peixes. Dentre as plantas utilizadas como fonte de óleo essencial, a hortelã-pimenta, Mentha piperita, se destaca pelas suas propriedades estimuladoras de enzimas digestivas e sobre a saúde e integridade do trato gastrintestinal melhorando a capacidade de absorção de nutrientes. Objetivou-se avaliar com o presente estudo os efeitos do óleo essencial de hortelã-pimenta (OEP) na dieta de tilápia-do-Nilo sobre desempenho produtivo, parâmetros bioquímicos, atividade das enzimas digestivas e composição química da carcaça. Para tal, foi utilizado delineamento inteiramente casualizado com sete tratamentos os quais consistiram de dietas isoproteicas (313,60 g kg −1 ) e isocalóricas (4565,31 kcal kg −1 ) contendo diferentes níveis de OEP (0,00; 0,20; 0,40; 0,60; 0,80; 1,00 e 1,20 g kg −1 ) com seis repetições. 840 juvenis de tilápia-do-Nilo (0,58 ± 0,13g) foram distribuídos em 42 aquários (70 L) e foram alimentados nos horários 8:00, 11:00, 14:00 e 17:00 horas, durante oito semanas. Ao final do período experimental foram avaliados nos peixes os índices de desempenho produtivo, para os parâmetros bioquímicos foi avaliado o metabolismo energético e a atividade das enzimas metabólicas aspartato amino transferase (AST), alanina amino transferase (ALT) e a lactato desidrogenase (LDH), a atividade das enzimas digestivas proteases totais, lipase e amilase e a composição química da carcaça. O maior ganho de peso e taxa de crescimento específico (p < 0,05) foram observados nos peixes que receberam 1,20 g kg −1 de OEP. A conversão alimentar e a eficiência alimentar foram melhores (p < 0,05) nos peixes que receberam os níveis 0,00 e 1,00 g kg −1 de OEP. A maior taxa de eficiência proteica (p < 0,05) foi observada nos peixes que receberam os níveis 0,20, 1,00 e 1,20 g kg −1 de OEP na dieta. Não houve diferença significativa (p > 0,05) para a taxa de sobrevivência, para os índices hepatossomáticos e viscerossomáticos e para o rendimento de carcaça. Maiores concentrações (p < 0,05) de glicogênio hepático foram observadas em peixes que se alimentaram com dietas contendo os níveis 0,00; 0,20 e 1,20 g kg −1 de OEP, e maiores concentrações (p < 0,05) de glicogênio muscular foram observadas nos peixes que receberam o nível 0,40 g kg −1 de OEP.Foram observadas nos animais as maiores concentrações (p < 0,05) de glicose com o nível 0,80 g kg −1 de OEP na dieta, e de lactato com os níveis de 0,40 a 1,00 g kg −1 de OEP na dieta. A menor concentração (p < 0,05) de colesterol total foi observada nos peixes que receberam a dieta controle (0,00 g kg −1 de OEP). As menores concentrações (p < 0,05) de triglicerídeos e de HDL foram observadas nos peixes que receberam os níveis 0,00; 0,80; 1,00 e 1,20 g kg −1 de OEP. Enquanto que os peixes apresentaram as menores concentrações (p < 0,05) de LDL foram se alimentaram com as dietas contendo os níveis 1,00 e 1,20 g kg −1 de OEP. A enzima AST apresentou menor atividade (p < 0,05) nos animais com o nível 0,60 g kg −1 de OEP na dieta. A atividade da enzima ALT foi menor (p < 0,05) nos peixes que se alimentaram com os níveis 0,00; 0,20; 0,80; 1,00 e 1,20 g kg −1 de OEP na dieta. A atividade da enzima LDH foi menor (p < 0,05) nos peixes que receberam os níveis 0,00; 0,20; 0,40; 1,00 e 1,20 g kg −1 de OEP. A maior atividade (p < 0,05) das enzimas proteases totais foi observada nos peixes que receberam a dieta com 1,00 g kg −1 de OEP, a da lipase com os níveis de 1,00 e 1,20 g kg −1 de OEP e a da amilase com 1,20 g kg −1 de OEP. A composição química da carcaça não apresentou diferença (p > 0,05) para matéria seca, energia e cinzas. Observou-se maior teor de proteína bruta (p < 0,05) nos peixes que receberam o nível com 1,20 g kg −1 de OEP e o menor teor de extrato etéreo (p < 0,05) foi observado em todos os peixes que se alimentaram com as dietas contendo a inclusão do OEP. Dessa forma, conclui-se que o OEP age como promotor de crescimento para juvenis de Oreochromis niloticus no nível de 1,20 g kg −1 . Palavras-chave: Fitoaditivo. Aditivo alimentar. Mentol. Protease. Lipase. Amilase.