Gestão do conhecimento nas secretarias estaduais de Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Pereira, Alana Deusilan Sester
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Administração Pública
Mestrado em Administração
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/1964
Resumo: O objetivo deste trabalho é descrever a relação entre o processo da Gestão do Conhecimento realizado pelas Secretarias Estaduais com o contexto da Gestão por Resultados no estado de Minas Gerais. A pesquisa apoia-se em uma abordagem qualitativa e com base no objetivo proposto é classificado como um estudo de caso. As unidades de análise são as Secretarias do Estado de Minas Gerais e os sujeitos do estudo são os ocupantes dos cargos de superintendência, assessoria ou direção e aqueles indicados como importantes no processo, totalizando 31 entrevistados. As técnicas de coleta de dados empregadas foram: entrevista semi-estruturada; observação direta e a análise documental. Para caracterização do processo de gestão do conhecimento nas secretarias são utilizadas algumas dimensões definidas pelo estudo publicado pelo IPEA, no ano de 2005. Para classificar os projetos foram consideradas as variáveis retiradas da literatura e para tal classificação utilizou-se dois critérios: fenômenos centrais e processos críticos referentes à gestão do conhecimento e da informação. As secretarias que identificaram projetos de gestão do conhecimento foram: SEAPA, SECTES, SETUR, SEGOV, SEF, SES, SEPLAG, SEDS e SEMAD, totalizando onze projetos. Todavia, esses projetos são realizados como iniciativas isoladas nas secretarias apresentando a finalidade de gerenciar o conhecimento. Além disso, oito secretarias do Estado não apresentaram uma política de Gestão do Conhecimento e apenas em uma foi referida uma política de Gestão do Conhecimento, mas ainda não foi divulgada e não está sendo aplicada. Desta forma, pode-se concluir que a Gestão do Conhecimento nas Secretarias se caracteriza como um processo bastante incipiente e apresenta limitações na estrutura e no gerenciamento. Porém, é importante destacar que todas as secretarias investigadas demonstraram muito interesse em dar prosseguimento aos projetos e a maioria reconhece o quanto os projetos precisam avançar. Ressalta-se, ainda, que a maioria revelou que o projeto ainda está em estágio embrionário e que se trabalha em direção a uma gestão do conhecimento mais efetiva. Apesar dos projetos apresentarem falhas de cunho gerencial e operacional, as secretarias se preocupam em buscar soluções para todos os problemas. Com base nas características dos projetos e na análise dos processos constata-se que 55% das secretarias analisadas realizam a gestão da informação ao invés da gestão do conhecimento. Apenas os projetos de quatro secretarias apresentam os elementos preconizados pela gestão do conhecimento como definidos na literatura. Considerando os indicadores e informações levantadas, pode-se afirmar que existe uma consonância entre os objetivos e os outputs dos projetos e os objetivos da Gestão por Resultado, o que permite afirmar uma relação e uma intenção de contribuição entre a Gestão do Conhecimento para a Gestão por Resultados no Estado. Esse fato sinaliza um bom sinal, sendo que os projetos apresentaram uma cultura voltada para os propósitos que a gestão por resultados propõe, mas para que haja contribuição de fato, os projetos podem e devem avançar na temática e possuir indicadores que comprovem a qualidade dos resultados dos projetos de Gestão do Conhecimento.