Geoambientes, estoques de carbono e termodegradação da matéria orgânica de solos da Área de Proteção Ambiental Estadual Cachoeira das Andorinhas, Ouro Preto, Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Guedes, ítalo Moraes Rocha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Fertilidade do solo e nutrição de plantas; Gênese, Morfologia e Classificação, Mineralogia, Química,
Doutorado em Solos e Nutrição de Plantas
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/1591
Resumo: A APA da Cachoeira das Andorinhas localiza-se no distrito de São Bartolomeu, no Município de Ouro Preto, no alto Rio das Velhas, possuindo uma área total de 18.700 hectares. O presente trabalho teve por objetivos identificar, caracterizar e mapear a geologia, os geoambientes e os solos da APA da Cachoeira das Andorinhas, estimar os estoques de carbono em diferentes classes de solo presentes na APA e verificar a resistência da matéria orgânica estocada em alguns horizontes destes solos à termodegradação. Após os trabalhos de campo foram gerados mapas temáticos utilizando-se os programas ArcInfo e ArcView. As análises químicas e físicas foram realizadas com base nas recomendações de EMBRAPA (1997). O estoque de carbono dos solos foi calculado a partir dos dados de teor de matéria orgânica dos perfis. Para se realizar os cálculos de estoque de carbono na fitomassa utilizaram-se estimativas de biomassa aérea de uma série de fitofisionomias coligidas em literatura. Os testes de termodegradação foram feitos utilizando-se forno mufla por duas horas às temperaturas de 100, 200, 300, 400 e 500°C. Geologicamente, a área da APA é na maior parte constituída de material filítico emoldurado por serras e escarpas estruturais predominantemente quartzíticas. Identificaram-se sete unidades geoambientais principais: i) Planícies Fluviais do Rio das Velhas com Neossolos Flúvicos Tb Distróficos típicos; ii) Colinas Convexas com interflúvios aplainados contendo Latossolos Vermelho-Amarelos Distróficos; iii) Colinas Convexas com Cambissolos Húmicos Tb Distróficos e Cambissolos Háplicos Tb Distróficos; iv) Cristas Alinhadas e Ravinadas com Neossolos Litólicos Distróficos e Cambissolos; v) Serras e Escarpas Estruturais de Quartzitos e Itabiritos com Neossolos Litólicos Distróficos e Cambissolos Húmicos Tb Distróficos típicos; vi) Patamares Estruturais Quartzíticos com Neossolos Litólicos Distróficos e Espodossolos Ferrilúvicos; vii) Vales Suspensos com Neossolos Flúvicos e Gleissolos Melânicos. O levantamento permitiu concluir-se que a classe de solos predominante na APA foi a de Cambissolos Háplico distróficos, ocupando mais de 50% da área. Os solos situados em compartimentos altimontanos mais elevados (>1200m) possuem maior potencial de seqüestro de carbono. A estimativa de estoques de carbono orgânico em subsuperfície nos Latossolos Vermelho-Amarelos foi da ordem de duas vezes os valores encontrados em superfície. Os solos hidromórficos ou húmicos elevados, com muito material orgânico fibroso, possuem maior resistência à termodegradação. Os horizontes espódicos representam compartimentos de matéria orgânica altamente resistente.