Respostas das culturas de feijão submetido ao estresse hídrico e de milho em atmosfera enriquecida com CO2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Silva, João Batista Lopes da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Construções rurais e ambiência; Energia na agricultura; Mecanização agrícola; Processamento de produ
Doutorado em Engenharia Agrícola
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/685
Resumo: O aumento da [CO2] apresenta resultados diversos nas plantas de forma direta e indireta, sendo que os efeitos benéficos no crescimento das plantas dependem também de seu estado hídrico. Desta forma, neste trabalho objetivou-se analisar e quantificar a taxa fotossintética e a produtividade sob alta [CO2] nas culturas de milho (Zea mays L.) e feijão (Phaseolus vulgaris L.) submetido a estresse hídrico. Os experimentos foram conduzidos na Infraestrutura de Pesquisa em Estresse Hídrico e Salino da Universidade Federal de Viçosa, com o milho no período entre outubro de 2008 a março de 2009 e o feijão entre abril a julho de 2009. Para enriquecer o ar com CO2, foram utilizadas câmaras de topo aberto, enquanto o estresse hídrico foi aplicado somente na cultura do feijão, iniciando antes da fase da floração e finalizando no início da maturação, perdurando 40 dias. Utilizou-se a cultivar de milho AG9010 (Agroceres), enquanto a de feijão foi a Majestoso (UFV). Foram realizadas medições da taxa fotossintética e, ao final dos ciclos das culturas, foram determinadas as produções de grãos e matéria seca da parte aérea das plantas. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com quatro repetições (blocos) para ambas culturas. Para o feijão, entretanto, as parcelas foram divididas em subparcelas para aplicação do estresse hídrico. As parcelas, utilizadas para o milho e feijão, receberam o tratamento primário (P): P1 plantas cultivadas em câmaras de topo aberto à [CO2] de 700ppm; P2 plantas cultivadas em câmaras de topo aberto com [CO2] ambiente; e P3 - testemunha. As subparcelas, utilizadas somente para o feijão, receberam o tratamento secundário (S): S1 testemunha; e S2 estresse hídrico. Os resultados foram submetidos à análise de variância (Anova) e ao teste de Tukey a 5% de probabilidade. Todas as medições da taxa fotossintética (μmol.m-2.s-1) apresentaram diferença significativa somente para a parcela (P), com incrementos nas taxas fotossintéticas em P1, entre 27,73 a 32,02% para o milho e 12,50 a 69,59% para o feijão. As menores taxas fotossintéticas (-51,44%) foram encontradas nas plantas de feijão submetidas ao estresse hídrico (P2S2). Também foi observada na cultura do feijão aclimatação fotossintética em P1 e P2, enquanto o milho não apresentou aclimatação. Para o milho, o peso total dos grãos (g) e a matéria seca da parte aérea (g) não apresentaram incrementos para P1, apesar das maiores taxas fotossintéticas. Para o feijão, o peso total dos grãos (g) não apresentou incremento para P1S1, verificando-se somente redução no peso total dos grãos para os tratamentos submetidos ao estresse hídrico. Quanto à matéria seca do feijão, apresentou incrementos de 20,88% para P1 e reduções de -34,27% para as subparcelas com estresse hídrico, (P2S2). Ambas as culturas apresentaram maiores taxas fotossintéticas em altas [CO2], com maior resposta para o feijão. Em ambas as culturas não há aumento no peso total dos grãos, apesar de altas taxas fotossintéticas. O aumento da [CO2] proporciona aumento da matéria seca da parte aérea somente na cultura do feijão.