Efeito do Bovine alphaherpesvirus 1 no desenvolvimento de embriões bovinos produzidos in vitro naturalmente e artificialmente infectados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Alves, Saullo Vinícius Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Medicina Veterinária
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/31405
http://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.253
Resumo: O bovine alphaherpesvirus 1 (BHV1]) é um agente que encontra-se amplamente disseminado nos rebanhos bovinos de corte e leite no Brasil e no mundo. Sua reconhecida capacidade de transmissão por meio das biotécnicas reprodutivas de manipulação das células germinativas masculinas e femininas, como a produção in vitro de embriões, atrai atenção especial tendo em vista a vasta e crescente difusão dessa técnica na bovinocultura. Essa infecção viral é responsável por prejuízos à pecuária mundial que estão relacionados principalmente aos aspectos reprodutivos. Esse estudo, dividido em dois capítulos, teve por objetivo avaliar os efeitos do BHVI sobre o desenvolvimento de embriões bovinos produzidos in vitro em modelo de infecção natural e artificial. Além disso, analisou-se também a expressão de transcritos relacionados à apoptose celular, estresse oxidativo, remodelamento gênico e desenvolvimento embrionário, bem como investigou-se a presença e localização viral nos embriões produzidos. Para os procedimentos experimentais, foram coletados sangue e ovários de fêmeas bovinas provindas de rebanhos sabidamente sem histórico de vacinação contra o BHV1. O capítulo I abrangeu o estudo de ovócitos de doadoras não vacinadas mas naturalmente infectadas. Já no capítulo II, ovócitos de animais soronegativos para o BHV1 foram artificialmente expostos ao vírus em diferentes etapas: (1) durante a etapa de maturação (2) fecundação e (3) cultivo, além do (4) grupo controle. No capítulo I, menor taxa de produção de embriões viáveis (13,66 %) foi observado no grupo de doadoras soropositivas (P<0,05) quando comparado com a obtida em doadoras soronegativas (21,27 %). Embriões oriundos de animais soropositivos, anda que considerados viáveis, tiveram maior expressão da caspase 2, gene envolvido no processo de apoptose. Diferença significante também foi observada para taxa de produção de embriões inviáveis, sendo menor no grupo de doadoras soronegativas (9,52 %). No teste de imunofluorescência, não foram identificadas partículas de BHVI em embriões de doadoras soronegativas, mas em 7/31 (22,58 Y%) dos embriões de doadoras soropositivas foi identificado o BHVI. No capítulo II, verificou-se redução (P<0,05) na taxa de clivagem do grupo 1 quando comparado ao grupo controle. O grupo de infecção durante o cultivo (3) foi o mais afetado quanto as taxas de produção de embriões viáveis e inviáveis (9,84 e 45,35 %) comparado ao grupo controle (57,14 e 9,30 %). A infecção artificial pelo BHV1 ocasionou também efeitos (P<0,05) no aumento da expressão dos genes APAFI e CASP2, envolvidos no processo de apoptose celular, e dos genes DNMT3B, GJAI E FGF9 relacionados ao remodelamento gênico e desenvolvimento embrionário. Diante disso, conclui-se que o BHV1 foi capaz de afetar negativamente o desenvolvimento in vitro de ovócitos e embriões tanto nas condições de infecção in vitro e especialmente em condições naturais de infecção, elucidando o menor desempenho reprodutivo observado desses animais. Palavras-chave: Apoptose. Blastocisto. Cultivo in vitro. Imunofluorescência. Vírus.