Simulação de desfolha por estresses bióticos, diversidade fenotípica e molecular e seleção em genótipos de soja

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, Amilton Ferreira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6955
Resumo: A produtividade da soja depende da fotossíntese gerada pelas folhas, de modo que qualquer fator que interfira em sua área foliar poderá afetar a produção. A soja é uma planta que suporta determinado nível de redução de área foliar sem que haja decréscimo significativo do rendimento de grãos. No entanto, essa perda depende do estádio em que a desfolha ocorre. Dentre os agentes que causam desfolhamento na cultura da soja estão os insetos desfolhadores, os quais podem causar danos durante praticamente todo o ciclo de vida da cultura; e doenças, sendo a principal a ferrugem asiática que provoca desfolhamento no sentido da base para o ápice. Uma das vantagens frente a esses estresses bióticos é a variabilidade existente entre as cultivares, pois algumas características podem ser vantajosas e influenciar na reação da planta a perda de área foliar. Todos esses fatores vão influenciar os componentes de rendimento que formam a produtividade da planta. Assim, o estudo do efeito ambiental, torna-se fundamental. Nesse sentido, o objetivo desses estudos foram: I - avaliar o efeito de níveis de desfolha contínua, nos estádios vegetativo e reprodutivo, em cultivares de soja com diferentes características agronômicas; II - simular o progresso da ferrugem asiática em cultivares de soja por meio da retirada de trifólios e % de desfolha no sentido da base para o ápice em três estádios reprodutivos; III - avaliar a divergência genética de cultivares de soja no verão e inverno com base em caracteres agromorfológicos e marcadores moleculares e IV - analisar a influência da coleta de vagens com 1, 2 e 3 grãos para formação da geração seguinte e seu respectivo efeito nas frequências do número de grãos por vagem, bem como a associação dos componentes de rendimento pela análise de trilha. Pelos resultados do primeiro experimento observou se que a desfolha teve efeito negativo em todos os componentes de rendimento das cultivares, com maior decréscimo quando ocorre no estádio reprodutivo. A desfolha contínua, a partir de 16,7%, tanto no estádio vegetativo como no reprodutivo diminuiu significativamente a produtividade da soja. Independentemente das características agronômicas, como tipo de crescimento, grupo de maturidade e forma do folíolo, o efeito do estresse por desfolhamento em cultivares vii de soja é semelhante no verão, no inverno, porém as cultivares com maior grupo de maturidade menor redução na produção. Em relação a desfolha simulando a ferrugem asiática, conforme elevou-se a intensidade de desfolha no sentido da base para o ápice nos estádios reprodutivos estudados (R3, R5, R6) há decréscimo linear na produtividade da planta. A simulação de danos por ferrugem asiática por meio dos níveis desfolha das cultivares, independentemente da metodologia estudada, evidenciou a severidade na redução da área foliar e seu consequente reflexo negativo na produtividade. A dissimilaridade genética entre as cultivares a partir de caracteres agromorfológicos varia de acordo com a época de cultivo. Por meio dos marcadores moleculares foi demonstrada variabilidade genética entre os genótipos estudados, com resultados diferentes dos agrupamentos formados a partir dos caracteres agronômicos. Dessa forma, tanto os dados fenotípicos, quanto os moleculares, mostraram-se ferramentas informativas na caracterização da divergência existente entre as cultivares de soja. Independentemente do número de grãos (1, 2 ou 3) das vagens selecionadas em F4, a frequência do número de grãos nas vagens das plantas da geração seguinte não é modificada. Nos dois ambientes estudados (Casa de vegetação e campo) as vagens com 2 e 3 grãos tiveram efeito direto e positivo na produtividade.