Avaliação numérica da interação de paredes de alvenaria estrutural submetidas às ações verticais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Santos, Carol Ferreira Rezende
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/7986
Resumo: Este trabalho tem como objetivo avaliar numericamente a interação entre paredes de alvenaria estrutural de blocos de concreto, sob ações verticais. Para tal, inicialmente foi realizada a modelagem dos blocos para validação da curva analítica tensão versus deformação adotada e, posteriormente, a modelagem dos prismas e das paredes. Para os prismas, foi adotada como estratégia de modelagem a micromodelagem detalhada, onde cada material (bloco e argamassa) é representado por suas propriedades mecânicas. Os resultados de resistência à compressão e módulo de deformação, obtidos por meio da modelagem dos prismas serviram como base de dados de entrada para alimentar o modelo numérico das paredes. Para estas, utilizou-se como estratégia de modelagem a macromodelagem, na qual a propriedade do material a ser atribuído às paredes consiste da associação dos blocos e argamassa, ou seja, trata-se de um material compósito. Para calibração dos modelos numéricos, foram utilizados os resultados experimentais apresentados por Oliveira (2014) e Castro (2015). Dessa forma, foi possível avaliar os mecanismos responsáveis pela ruptura dos blocos, prismas e paredes. Para os prismas encontrou-se, para os valores de resistência à compressão e módulo de deformação, uma diferença entre os resultados numéricos e experimentais de cerca de 5% em relação ao resultado experimental. Para as paredes, a maior diferença entre a parte experimental e numérica foi em torno de 10% em relação aos resultados experimentais, considerando os resultados de carga de ruptura, carga de fissuração e módulo de deformação. Por meio da análise de distribuição de tensões verticais, verificou-se que, para as paredes sem apoio na alma, ocorreu total transferência do carregamento aplicado na parede central para os flanges, enquanto que na parede com a alma apoiada ocorreu a homogeneização da carga atuante ao longo da altura. Dessa forma, observou-se que nas últimas fiadas a alma e os flanges apresentaram a mesma tensão vertical. Já para a distribuição das tensões cisalhantes na interface, verificou-se que todos os modelos apresentaram resultados de tensões cisalhantes maiores que 0,35 MPa (prescrição normativa), notou-se ainda que nos pontos de aplicação de carga e apoio ocorreram concentração de tensões que afetaram localmente a distribuição de tensões cisalhantes na interface.