Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Sousa, Daniel Vieira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10373
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Resumo: |
Pedoarqueologia é um ramo da geoarqueologia, e se dedica a estudar os sítios e materiais arqueológicos sob os aspectos teóricos/metodológicos da ciência do solo. Os primeiros vestígios de ocupação humana no território brasileiros nos remetem há 12.000 anos antes do presente (AP). Nesta época a Bacia do rio São Francisco desempenhou um importante papel na dinâmica migratória, tanto de grandes animais, como das populações humanas. A bacia do rio São Francisco, possui sítios arqueológicos no quadro dos mais antigos da América do Sul, dentre eles pode-se destacar o sítio de sepultamento denominado de “O grande abrigo de Santana do Riacho” situado na serra do Cipó nos flancos da cordilheira do Espinhaço; sítios em Lagoa Santa nas cercanias de Belo Horizonte; e sítios no Norte de Minas Gerais situados principalmente na província carbonática que abrange o Parque Nacional Cavernas do Peruaçu e Parque Estadual da Lapa Grande. Sendo o Homem, um grande modificador do ambiente segundo as atividades que realiza. As características dos solos estarão relacionadas aos hábitos culturais das populações, sendo assim, estudar a gênese de solos em sítios arqueológicos é contribuir para a compreensão de hábitos culturais das populações Humanas, bem como contribuir para o entendimento dos processos pedogenéticos viabilizados por populações humanas. Este trabalho se dedica a estudar a gênese de solos de dois sítios arqueológicos situados na Bacia do São Francisco, são elesμ “O grande abrigo de Santana do Riacho” e “Bibocas II”. Além da gênese dos solos objetiva-se investigar a presença de minerais magnéticos e características estruturas do mateiral que a comunidade científica tem denominado de “biochar”. Dentre os resultados encontrados destacam-se as seguintes característicasμ No sítio de Santana do Riacho dentre as atividades antrópicas que exerceram influência sobre a pedogênese merecem destaque a prática de sepultar os mortos e a atividades relacionadas a fogueiras. Tanto os sepultamentos como as fogueiras foram responsáveis pelo enriquecimento de P, K, Ca, C, elevação do pH. Apesar da incipiente a pedogênese se faz presente, sendo responsável por transformar o sedimento em solo. Dentre os processos pedogenéticos específicos pode-se mencionar a formação de carbonatos secundários preservados em estruturas vegetais carbonizadas; gênese de nódulos de Fe magnéticos e sua conversão de magnetita em maghemita. Há mobilidade de P, C e Ca o que ocasionou o enriquecimento destes elementos em camadas estratigráficas consideradas “estéreis”, no entanto, devido o elevado teor de P, não se considera que ele seja todo de origem eluvial. Para o sítio Bibocas II destacam-se os resultados os elevados teores de P, K, Ca, COS e susceptibilidade magnética. Micromorfologicamente a pedogênese é fortemente expressa pela presença de recobrimentos e quase recobrimentos de argila. Verificou- se a atuação do fogo como propulsor de origem de minerais magnéticos e a constatação de magnetitas em ambientes litogênicos livres, ou pobres em minerais do grupo do espinélio. No que diz respeito ao biochar os resultados permitem concluir que sua característica molecular, estrutural e relação sp2/sp3 da partícula de carvão (biochar) é determinada no momento da queima. A fração amorfa é a mais alterada refletindo na diminuição dos defeitos referentes aos modos vibracionais da banda D1 em relação a da banda D4. |