Níquel disponível no solo e o seu efeito em plantas de soja sob déficit hídrico
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Solos e Nutrição de Plantas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br/handle/123456789/32666 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2024.303 |
Resumo: | A aplicação de níquel (Ni) em plantas de soja sob estresse tem estimulado a produção de compostos antioxidantes. No entanto, há uma carência de estudos sobre o uso de Ni para aliviar outros tipos de estresse, como o déficit hídrico (DH). As mudanças climáticas têm aumentado a frequência e intensidade de fenômenos climáticos extremos, reduzindo a precipitação e a disponibilidade de água. Portanto, o objetivo deste estudo é avaliar o efeito da aplicação de Ni em plantas de soja cultivadas sob DH, analisando as respostas metabólicas e fisiológicas, além do fracionamento químico do Ni no solo ao final do experimento. O experimento foi conduzido em câmara de crescimento, em delineamento em blocos casualizados, utilizando o Latossolo Vermelho Amarelo, pobre em Ni. Foram realizadas aplicações das doses de 0, 0,25, 0,5, 1, 2 e 4 mg kg-1 de Ni no solo antes do plantio da soja, e as plantas foram submetidas às condições hídricas de presença ou ausência de DH, a partir do estádio R2. Foram realizadas três avaliações ao longo dos 15 dias de DH, sendo: antes do DH (AV1) ao oitavo (AV2) e decimo quinto dia (AV3). Preliminarmente ao DH (AV1), a aplicação de Ni aumentou a eficiência de carboxilação (EC) e uso da água (EUA), bem como os teores de aminoácidos totais (AAS), fenóis totais (FT), malato, glicose e sacarose na soja. Contudo, reduziu os teores de ascorbato (AsA) e proteínas totais (PT). Na soja em DH na AV2, a aplicação de Ni aumentou a EUA, EC, os teores de glicose, frutose, AAS, PT e o potencial hídrico na folha (ΨWF), bem como colaborou positivamente para a eficiência do uso da energia fotoquímica e a dissipação do seu excesso. Com o avanço do DH na AV3, a aplicação de Ni propiciou aumento na EC e estimulou os teores de prolina, malato, fumarato, AsA, ΨWF e FT, mas reduziu ETR e os teors de clorofila (a e b), carotenoides e o extravasamento de eletrólitos. Ao término do estudo, o principal efeito observado foi a proteção do fotossistema II, aumento de osmoprotetores e a limitação do dano oxidativo, observado pela menor presença de H2O2 e O2-. A massa seca da soja, excluindo as raízes, foi incrementada nas folhas, caules e vagens até 2 mg kg -1 de Ni em plantas controles. Por outro lado, a massa seca dos nódulos foi incrementada até 2 mg kg-1 de Ni sob DH na AV3. O Ni influenciou positivamente nos teores de Fe, K, S e Zn na parte aérea de plantas quando em DH, mas contribuiu para a redução destes nutrientes na soja no controle. A maior parte do Ni associou-se à fração residual, óxidos de ferro (FeOx) e matéria orgânica ao final do estudo obtidas pela extração sequencial. A fração associada aos FeOx bem cristalizado se correlacionou com Ni-trocável e teor de Ni na parte aérea da soja, indicando efeito dessa fração mineral sob a disponibilidade do Ni ao solo. Concluímos que a aplicação de Ni diminui os efeitos negativos do DH na soja, induzindo a proteção do sistema de membranas, comprovado pelo reduzido extravasamento de eletrólitos, através da produção de antioxidantes não enzimáticos e também aumentou o status hídrico dos folíolos por influenciar na síntese de açúcares e aminoácidos. Além disso, a fração de Ni associado aos FeOx predominou após os 45 dias de adubação. Palavras-chaves: Biogeoquímica; metabolismo primário; micronutrientes; seca; status hídrico. |