Efeito da temperatura dos gases de pirólise e do tempo de armazenamento na qualidade do extrato pirolenhoso de eucalipto
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Química |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br/handle/123456789/32767 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2024.510 |
Resumo: | Além de mitigar a liberação de gases poluentes para a atmosfera, a recuperação do extrato pirolenhoso permite agregar valor à cadeia produtiva do carvão vegetal. No entanto, os principais estudos acerca da sua obtenção têm sido em escala laboratorial, tendo como resultado principal o rendimento, mas com poucas informações inerentes à sua qualidade. Pesquisas que avaliam a qualidade do extrato pirolenhoso ao longo do seu tempo de estocagem, bem como as faixas de temperaturas de coleta em fornos de alvenaria, ainda são escassas. O objetivo desse trabalho foi avaliar a qualidade do extrato pirolenhoso de eucalipto, em diferentes faixas de temperatura de pirólise (65 a 85°C, 85 a 150°C e acima de 150°C), em função do tempo de armazenamento. Foi utilizada madeira de um clone comercial de Eucalyptus urophylla. A madeira foi caracterizada quanto a densidade básica e composição química estrutural, imediata e elementar. O extrato pirolenhoso bruto foi obtido a partir da pirólise da madeira em um forno piloto de alvenaria, similar ao Sistema Forno-Fornalha do Projeto Siderurgia Sustentável, adaptado, por meio da condensação dos gases do processo de carbonização. Após a recuperação dos gases condensáveis, o extrato pirolenhoso bruto foi armazenado. O monitoramento foi realizado avaliando-se mensalmente as propriedades físico-químicas do extrato pirolenhoso durante 7 meses. Obteve se maior rendimento em extrato pirolenhoso (5,58%) na fase de coleta 2 (80-150°C). Quanto maior a temperatura de coleta, maior foi o teor de massa seca e de sólidos solúveis do extrato pirolenhoso. Extratos pirolenhosos obtidos em temperaturas maiores apresentaram coloração vermelha mais intensa e maior teor de compostos fenólicos totais que os extratos pirolenhosos obtidos em baixa temperatura. Estes, por outro lado, apresentaram coloração amarela mais intensa e maior acidez. Houve deposição de alcatrão insolúvel nas paredes e fundos dos frascos até os 210 dias avaliados. O teor de fenólicos totais e a condutividade elétrica, de modo geral, estabilizaram após 60 e 90 dias de avaliação, respectivamente. Os extratos pirolenhosos, independente da fase de coleta, têm potencial para serem utilizados para diferentes fins, conforme sua composição química. Palavras-chave: Biorrefinarias; carbonização; carvão vegetal, pesticidas naturais. |