Influência de diferentes concentrações do rejeito da mineração do lítio sobre a emergência e o desenvolvimento de quatro espécies de leguminosas forrageiras
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/32012 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.773 |
Resumo: | A utilização do lítio em baterias cresceu juntamente com a necessidade de sua extração do ambiente, aumentando assim a preocupação com a contaminação ambiental gerada pela mineração e seus rejeitos. Neste contexto, a utilização de plantas pioneiras para a revegetação e a recolonização de áreas afetadas pela mineração vêm sendo estudada, buscando identificar espécies que apresentam altos índices de fixação de plântulas e desenvolvimento em substratos antropizados. Dentre as espécies vegetais, as leguminosas forrageiras apresentam grande destaque devido a sua importância na fixação de nitrogênio no solo e resistência a condições de solos pobres com baixa fertilidade. Assim, o objetivo deste trabalho foi entender como diferentes concentrações do rejeito da mineração do lítio influenciam na emergência e no desenvolvimento de quatro espécies de leguminosas forrageiras já utilizadas em processos de revegetação destas áreas, sendo elas: Crotalaria juncea, Cajanus cajan, Lupinus albus e Canavalia ensiformis. Para os experimentos foram utilizados quatro grupos de substratos: 1) Grupo Solo: solo natural; 2) Grupo Rejeito: rejeito da mineração do lítio; 3) Grupo Solo+Rejeito: solos natural e rejeito da mineração do lítio 1:1 (v/v); 4) Grupo Pilha: 80% rejeito da mineração do lítio (parte inferior) e 20% solo natural (parte superior). O teste de emergência teve duração de 31 dias com contagem de indivíduos emergidos diariamente. Para isso os tratamentos foram montados com 5 kg do substrato seco distribuídos em quatro bandejas e cada tratamento continha 100 sementes de cada uma das quatro espécies vegetais. Para o teste de crescimento foram montados 96 vasos, sendo 24 para cada tratamento. As quatro espécies vegetais foram organizadas em seis repetições por tratamentos e foram mantidas em casa de vegetação por 52 dias. Todos indivíduos tiveram suas raízes e partes aéreas medidas e ainda as raízes escaneadas para obtenção dos valores de número de pontas de raiz, número de bifurcações e volume da raiz (cm3). Os tratamentos Pilha e Rejeito apresentaram menores valores de porcentagem de emergência (E%) para as espécies C. juncea, C. cajan e C. ensiformis, enquanto L. albus apresentou E% superiores a 60% em todos os tratamentos. Quanto aos parâmetros morfométricos, para o tratamento rejeito as espécies C. juncea, C. cajan e C. ensiformes apresentaram menores valores tanto no desenvolvimento das raízes quanto da parte aérea. Por outro lado, os tratamentos Solo+Rejeito e Pilha mitigaram os efeitos negativos na massa seca e no comprimento da parte aérea de C. juncea e C. ensiformes. A espécie L. albus apresentou maiores valores para todos os parâmetros analisados nos tratamentos que apresentavam rejeito da mineração do lítio. Os indivíduos de C. cajan acondicionados nos tratamentos com rejeito apresentaram menores valores para todos os parâmetros, indicando o desenvolvimento desfavorável neste substrato. Assim, com base nas análises deste trabalho, podemos considerar as espécies L. albus e C. ensiformis como potenciais espécies para projetos de revegetação e recolonização de áreas afetadas pela mineração do lítio. Palavras-chave: Revegetação; Restauração; Baterias Lítio-ion; Recolonização, Germinação. |