Eficiência de uso da água e da radiação em um ecossistema de manguezal no estado do Pará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Silva, Rommel Benicio Costa da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8165
Resumo: Um estudo micrometeorológico foi realizado num sítio experimental de manguezal em Bragança-PA, no período de novembro de 2002 a agosto de 2003, com o objetivo de quantificar as variações diurnas e sazonais dos índices de eficiência de uso da água (EUA) e da eficiência de uso da radiação (EUR) no ecossistema de manguezal, e examinar a influência de variáveis meteorológicas na oscilação das magnitudes desses índices além de estabelecer relações quantitativas entre a radiação fotossinteticamente ativa, irradiancia solar global e saldo de radiação. Uma estação meteorológica automática foi instalada no topo de uma torre micrometeorológica de 25 m de altura para registrar continuamente os parâmetros meteorológicos, tais como: a temperatura do ar e do solo, umidade relativa, pressão atmosférica, direção e velocidade do vento, irradiancia solar global, saldo de radiação, radiação fotossinteticamente ativa e precipitação. A técnica de covariância dos vórtices turbulentos foi utilizada na medição dos fluxos de CO2, vapor d’água e calor sensível, usando o sistema Edisol. A eficiência de uso da água (EUA) foi determinada pela relação entre os fluxos de CO2 e de calor latente, enquanto a eficiência de uso da radiação (EUR) foi calculada pela razão entre os fluxos de CO2 e a radiação fotossinteticamente ativa. A EUA variou em média de 3,18 ± 0,58 μmol(CO2).mmol(H2O)-1 às 9 h, chegando ao mínimo de 2,49 ± 0,46 μmol(CO2).mmol(H2O)-1 às 14h e atingindo o valor de 2,46 ± 0,50 μmol(CO2).mmol(H2O)-1 às 16 h. A variação diurna da EUR foi de 10,44 ± 2,07 μmol(CO2).mmol(PAR)-1 às 9 h, decrescendo até atingir o mínimo de 10,10 ± 1,70 μmol(CO2).mmol(PAR)-1 às 12h30 e atingindo o valor de 11,79 ± 2,25 μmol(CO2).mmol(PAR)-1 às 16 h. Quanto à variação sazonal, esses índices apresentaram valores maiores durante a estação chuvosa. O valor médio da EUA no período estudado foi de 2,68 ± 0,20 μmol(CO2).mmol(H2O)-1, enquanto o valor médio da EUR foi de 8,47 ± 0,83 μmol(CO2).mmol(PAR)-1. A EUA atingiu o valor médio máximo de 3,26 ± 0,40 μmol(CO2).mmol(H2O)-1 no mês de fevereiro (mês típico do início da estação chuvosa), e um valor médio mínimo de 1,69 ± 0,09 μmol(CO2).mmol(H2O)-1 em junho (mês que representa a transição entre a estação chuvosa e a estação menos chuvosa). A EUR atingiu um valor médio máximo de 11,11 ± 0,92 μmol(CO2).mmol(PAR)-1 em abril (mês típico da estação chuvosa) e um valor mínimo de 5,75 ± 0,79 μmol(CO2).mmol(PAR)-1 em novembro (mês típico da estação menos chuvosa). As variáveis mais fortemente correlacionadas com os índices de eficiência de uso da água e de eficiência de uso da radiação foram: o saldo de radiação, a irradiancia solar global e a radiação fotossinteticamente ativa. A relação entre a irradiancia solar global e a radiação fotossinteticamente ativa (Rg/PAR) variou de 0,40 a 0,45, com uma média de 0,43 ± 0,02. Os resultados das regressões lineares entre a radiação fotossinteticamente ativa e a irradiancia solar global, com exceção dos resultados em fevereiro que apresentou um coeficiente de determinação de 0,60, nos outros meses obteve- se valores de coeficiente de determinação superiores a 0,80 mostrando a forte relação entre PAR e Rg. Os resultados das regressões lineares entre o saldo de radiação e PAR, também apresentaram resultados muito satisfatórios.