Monitoramento de características associadas à contenção vegetativa em talude rodoviário de saprolito de Gnaisse, Zona da Mata de Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Einloft, Rosilene
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10867
Resumo: O trabalho foi realizado com o objetivo de monitorar características associadas à contenção vegetativa e, em longo prazo, o surgimento de novas formas de cobertura ou exposição do solo em resposta a revegetação com gramíneas e leguminosas em talude rodoviário de elevada declividade. Para a realização do estudo foi escolhido um talude de corte com 75 o de inclinação, em Viçosa, MG. Os tratamentos, no esquema 1 + 3 2 , consistiram de uma testemunha e nove combinações de uma gramínea (Brachiaria brizantha, Brachiaria decumbens ou Brachiaria ruziziensis) e uma leguminosa [mucuna preta (Stizolobium aterrimum), feijão guandu (Cajanus cajan) ou lab lab (Dolichos lab lab)]. As parcelas receberam mistura de adubo, calcário dolomítico, esterco bovino e sementes. Logo, foram cobertas por uma biomanta resultante do entrelaçamento de fibras vegetais. Para avaliar a contribuição de cada mistura para revegetação do talude em estudo foi feito acompanhamento periódico na área. Seis meses após a instalação do ensaio, em junho de 1999, determinou-se a percentagem de cobertura vegetal e a produção de matéria seca da parte aérea de gramíneas, da parte aérea de leguminosas e de raízes de gramíneas e leguminosas. No quarto ano de implantação do ensaio foram observadas novas formas de cobertura ou exposição do solo, as quais denominaram-se de tipologias. Em acréscimo as braquiárias e leguminosas originais, verificou-se a presença de capim gordura, outras espécies invasoras, biomanta, resíduos em decomposição, crosta microfítica, crosta física, solo exposto, solo erodido e rocha. Para quantificar essas tipologias foram realizados dois levantamentos, o primeiro em agosto de 2002 (antes do período chuvoso) e o segundo em abril de 2003 (após as chuvas). De posse dessas informações, foram confeccionados mapas de cobertura para cada parcela experimental e analisadas a dinâmica, a distribuição espacial, a freqüência e a competição entre as tipologias encontradas nos dois levantamentos. O solo associado as tipologias foi caracterizado química, física e micromorfologicamente. Para a seleção dos melhores tratamentos em cada um dos três levantamentos foi desenvolvido um índice de priorização que considerou simultaneamente o conjunto das características analisadas experimentalmente. Para escolher os tratamentos mais apropriados, os três índices foram somados após padronização, que consistiu em atribuir nota 10 ao valor máximo de cada levantamento. Os valores restantes foram calculados de forma proporcional. Da análise do índice conjunto padronizado pode concluir-se que a mucuna preta foi a leguminosa mais apropriada no processo de revegetação, seguida pelo feijão guandu e pelo lab lab, que as características semelhantes de crescimento das braquiárias permitiram apontar respostas alternativas, dependendo da leguminosa associada, e que o consórcio mais efetivo foi o resultante da associação da mucuna preta com a braquiária brizanta.