A Literatura em movimento: um estudo comparativo entre a obra Ratos e Homens, de John Steinbeck, e suas respectivas adaptações para a Sétima Arte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Botelho, Michael Jones
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8206
Resumo: A presente dissertação visa empreender um estudo comparativo entre a obra literária Ratos e Homens (1937), do escritor estadunidense John Steinbeck, e suas duas adaptações para o Cinema, ocorridas, respectivamente, em 1939, sob a direção de Lewis Milestone, e no ano de 1992, dirigida por Gary Sinise. Este confronto é embasado pela Teoria da Adaptação e da Tradução Intersemiótica, expressas nos trabalhos de Brian McFarlane (1996), Robert Stam (2005; 2008; 2012), Thaïs Flores Diniz (1999; 2005) e Linda Hutcheon (2011). Este trabalho objetiva verificar e interpretar, a partir deste cotejo, os processos de (re)criação da obra literária para a Sétima Arte, ocasionados pela transposição de sistemas semióticos distintos. Após longa análise e discussão, pudemos constatar, de modo incisivo, que toda adaptação cinematográfica, fruto da interpretação subjetiva de um dado número de adaptadores, deve ser estudada como uma obra autônoma e, por o ser, do mesmo modo não pode ser julgada pelo critério da fidelidade, já que esta se torna impossível ao longo do processo de adaptação. Detectamos, outrossim, que as adaptações criativas de ambos os roteiristas e diretores se deram, principalmente, pela leitura subjetiva dos mesmos. Tanto a mudança de perspectiva de alguns personagens, quanto a interferência no início e no desfecho das adaptações fílmicas, foram frutos do olhar criativo e seletivo dos adaptadores que, antes de tudo, são leitores intérpretes da obra literária.