Desenvolvimento das espermatecas durante o estágio pupal de Aedes aegypti
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Ciência entomológica; Tecnologia entomológica Mestrado em Entomologia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/3995 |
Resumo: | As fêmeas dos culicídeos copulam uma única vez e são capazes de armazenar espermatozoides em um ou mais órgão(s) do sistema reprodutor denominado(s) espermateca(s). Em Aedes aegypti os espermatozoides são mantidos no interior de suas três espermatecas graças às secreções das glândulas espermatecais desse órgão. Apesar das espermatecas de A. aegypti serem bem caracterizadas, seu processo de desenvolvimento ainda é desconhecido. No presente trabalho estudamos o desenvolvimento das espermatecas ao longo da pupação, a partir do período de pupa branca até a fase adulta. Durante o desenvolvimento espermatecal não se observou alterações morfológicas como as descritas para Drosophila melanogaster, há somente um aumento de volume das células e crescimento de suas estruturas constituintes, possibilitando o rápido desenvolvimento desse órgão. No início da pupação (o estágio de pupa branca), a espermateca se apresenta como uma estrutura diminuta, que rapidamente cresce após 24 horas. Em 48 horas de pupação, se observa a glândula espermatecal, a deposição cuticular no reservatório e a presença de uma secreção com aspecto floculento, no lúmen do ducto espermatecal. Com 72 horas de pupação, observa-se novamente um aumento no volume do reservatório espermatecal, esse apresentando cutícula com todas as suas camadas formadas e o interior dos ductos das células glandulares repletos desse mesmo material floculento encontrado no período anterior. A presença desse material nos períodos iniciais de desenvolvimento parece promover a abertura do espaço onde vai ser formado o lúmen do ducto e do reservatório, que posteriormente vai sofrer o processo de deposição cuticular. Foram observadas algumas células em processo de morte celular. Há ainda, a presença de microvilosidades nas células epiteliais e nas células glandulares em todos os períodos analisados, que parece estar relacionada seja para a produção dos componentes para a formação da cutícula pelo epitélio ou no processo de secreção de substâncias lançadas no interior do lúmen do reservatório pela glândula espermatecal. Observou-se ainda, uma diferença temporal na estruturação entre o reservatório e o ducto espermatecal, que também foi observada em Tenebrio molitor e em D. melanogaster, o que pode ser pelo fato de o ducto espermatecal ser formado antes do reservatório. Já nas fêmeas recém- emergidas, a espermateca apresenta seu reservatório, glândula e ducto espermatecal completamente formados, com uma espessa camada cuticular e uma grande quantidade de material floculento e elétron-denso, que se acredita ser originado para fornecer as condições essenciais para a condução, alocação e manutenção da viabilidade dos espermatozoides em seu interior. |