Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Faria, Gabriel Duarte |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/24335
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Resumo: |
O campo da formação de professores vem se expandindo nos últimos anos, tendo como ênfase as pesquisas relativas à formação e trabalho docente. Nesse contexto de discussão sobre o trabalho docente, recortamos como foco de interesse os recursos utilizados pelo professor, que se encontra no campo de atuação da disciplina curricular de História e que atua na educação básica. Dessa forma, selecionamos como objeto de estudos o livro didático, por ser um recurso bastante utilizado pelos professores na realidade brasileira e por entender que sua função não se restringe aos aspectos didáticos ou pedagógicos. Para tanto, a pesquisa teve como questão norteadora: qual é o papel atribuído ao livro didático de História por professores que atuam na Educação Básica nesse campo disciplinar, em escolas da Rede Pública Estadual de Minas Gerais e do Rio de Janeiro? Visamos perceber se esse recurso assume caráter formativo para o professor que dele se utiliza. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi investigar o livro didático como elemento que atua na autoformação do professor, partindo do pressuposto de que ele é um recurso que pode conduzir os docentes em seus próprios processos formativos. O referencial teórico que embasa esta pesquisa é constituído por conceitos como: o livro didático, a formação de professores, a autoformação e o trabalho docente. Para abordar as questões relativas ao livro didático, utilizamos autores como Gatti-Júnior (2004), Lajolo (1996) e Miranda e Luca (2004). No que tange às contribuições do campo da formação de professores, apoiamo-nos em autores como García (1999), Diniz-Pereira (2006), Candau (1997) e Nóvoa (1992; 1995; 2004; 2009; 2015/2016). Para a contextualização das questões relativas à autoformação, apropriamo-nos das reflexões de Pineau (2010), Goulart (2012), Tepedino (2004) e Catani e Vicentini (2006). Sobre a categoria trabalho docente nos apoiamos, principalmente, nas produções de Oliveira (2010), Fullan e Hargreaves (2000), Esteve (1995) e Apple (1995). Na metodologia aqui utilizada, buscamos articular as histórias de vida e as narrativas (auto)biográficas, por meio das contribuições de Connelly e Clandinin (1990), Ferenc (2005), Nóvoa e Finger (2010), Bueno (2002) e Josso (2004), que se baseiam na reflexão do fazer pedagógico e na ressignificação da ação. Por meio de questionários e entrevistas semiestruturadas, trouxemos as reflexões de cinco professores de História das Redes Estaduais de Minas Gerais e do Rio de Janeiro em relação ao uso do livro didático, o que nos permitiu a construção de narrativas, compostas de histórias pessoais e coletivas. Os resultados apontaram que o livro didático é elemento central na prática dos docentes investigados e seu uso se intensifica quando há aumento da precarização das condições de trabalho. Além disso, percebemos que esses professores utilizam o livro didático como elemento autoformativo para suprir lacunas de sua formação inicial, para se atualizarem em relação a novos conteúdos, para realizarem consultas de algum material ou para realizarem transposição didática. Desse modo, constatamos a importância atribuída por esses docentes ao livro didático de História em suas práticas e formação. |