Rotulagem Nutricional frontal: estudo da percepção visual e da capacidade informativa
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Ciência e Tecnologia de Alimentos |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/29968 |
Resumo: | Diferentes modelos de rotulagem nutricional frontal foram recentemente implementados em vários países como forma de auxiliar os consumidores na compreensão das principais informações nutricionais. No Brasil, ainda não existe um modelo oficial e acredita-se que grande parte da população desconheça a existência dos modelos. Para que estes sirvam de auxílio para os consumidores, prioritariamente precisam ser identificados nas embalagens, ou seja, os modelos devem atrair a atenção do consumidor. Além disso, precisam ser facilmente compreendidos. Neste contexto, o presente estudo objetivou verificar se os modelos Modelo de alerta proposto pela CAISAN, Semáforo Nutricional e Nutri-score despertam a atenção visual dos consumidores em meio a outras áreas/informações relevantes e se capturam a atenção do consumidor rapidamente. Buscou-se também verificar o esforço cognitivo necessário para a compreensão dos modelos, a intenção de compra dos consumidores e se há modificação desta tomada de decisão quando informações acerca dos modelos são fornecidas. O trabalho foi dividido em dois estudos. No primeiro estudo, 115 avaliadores participaram de um ensaio no qual foi adotada a técnica de rastreamento ocular, conhecida como Eye Tracking. 04 embalagens foram visualizadas por cada avaliador, sendo que 03 continham modelos de rotulagem nutricional frontal. Em seguida, foi solicitado o preenchimento de uma ficha intenção de compra com as opções compraria e não compraria e dois questionários, um sobre rotulagem e outro abordando a consciência em relação à saúde. No segundo estudo, 100 avaliadores indicaram em duas sessões, sessão 1/teste cego e sessão 2/teste com informação, a intenção de compra de 03 embalagens contendo modelos de rotulagem nutricional frontal. Verificou-se por meio dos estudos que os modelos avaliados atraem a atenção visual dos consumidores, são percebidos rapidamente nas embalagens, e não foi necessário grande esforço cognitivo para a compreensão das informações presentes nos modelos e nas embalagens. Quanto à intenção de compra, a embalagem contendo o Modelo de alerta proposto pela CAISAN foi a que apresentou maior indicação de não compraria quando comparada às demais embalagens, o que o pode ter ocorrido pela maior facilidade de identificação de constituintes em excesso por meio do modelo. Ao serem fornecidas informações sobre os modelos de rotulagem nutricional frontal, houve redução da intenção de compra dos consumidores em todas as embalagens avaliadas, provavelmente pela compreensão das informações, mesmo que parcialmente. De forma geral, o conjunto de dados evidencia que o Modelo de alerta proposto pela CAISAN e Semáforo Nutricional podem auxiliar os consumidores em suas escolhas para que estas sejam seguras e conscientes. O modelo de alerta proposto pela CAISAN interferiu de forma mais significativa nas atitudes dos consumidores, no entanto, sugere-se que o Semáforo Nutricional é o modelo que mais agradaria os consumidores devido à atenção visual dos consumidores observada neste modelo, maior indicação de compraria e maior indicação de preferência no questionário. Os resultados encontrados para o modelo Nutri-score também foram relevantes, todavia, com algumas desvantagens como menor indicação de preferência no questionário e menor número de fixações, o que pode ter ocorrido por desinteresse dos consumidores pelo modelo. |