Avaliação da ingestão aguda e crônica da polpa de manga Ubá (Mangifera indica L.) na homeostase sérica, na expressão da HSP 70 e na atividade da superóxido dismutase em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Toledo, Renata Celi Lopes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Bioquímica e Biologia molecular de plantas; Bioquímica e Biologia molecular animal
Mestrado em Bioquímica Agrícola
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2424
Resumo: A manga (Mangifera indica L.) figura entre as frutas tropicais de maior expressão econômica nos mercados brasileiro e internacional. A variedade ubá é muito produtiva e bastante conhecida em algumas regiões do Brasil, sobretudo na Zona da Mata de Minas Gerais. Esta fruta se destaca por seu valor nutricional, sendo uma fonte rica de ácido ascórbico, carotenóides totais e compostos fenólicos, moléculas que apresentam grande potencial antioxidante no meio biológico. Estudos epidemiológicos têm mostrado evidências que antioxidantes presentes em frutas e vegetais são os principais fatores que contribuem para a baixa incidência de doenças relacionadas a processos oxidativos. Este trabalho propôs avaliar o efeito da ingestão aguda e crônica de dietas suplementadas com 3% e 10% de polpa de manga Ubá na modulação de biomarcadores do sistema antioxidante endógeno (superóxido dismutase e HSP 70) e nos marcadores bioquímicos de estresse oxidativo (enzimas aminotransferase e malondialdeído), em ratos wistar saudáveis. Os resultados obtidos demonstraram que a ingestão de dietas suplementadas com 3% e 10% de polpa de manga interferiu sobre os marcadores de injúrias, uma vez que no experimento de 24 horas os animais que receberam a dieta com 3% de polpa de manga apresentaram concentração sérica de AST menor que o controle e de GGT menor que os animais que receberam a dieta com 10% de polpa de manga. Além disso, no experimento de 25 dias os animais que receberam a dieta com 10% de manga apresentaram maior nível sérico de ALT que os animais que receberam a dieta suplementada com vitamina E. A análise do marcador de peroxidação lipídica no experimento de 25 dias demonstrou que os animais que receberam a dieta com 10% de polpa de manga xiiiUbá apresentaram concentração de malondialdeido maior que os que receberam a dieta controle e manga 3%. Os animais que receberam a dieta suplementada com 3% de polpa de manga no experimento de 24 horas apresentaram diminuição da atividade da superóxido dismutase em relação ao controle, resultado que não foi encontrado na ingestão crônica desta dieta. A expressão do gene HSP 70 não variou com as dietas suplementadas com manga e com vitamina E, porém os animais que receberam a dieta com 10% de manga no experimento de 25 dias apresentaram redução significativa na expressão dos genes HSP70 em comparação com os animais que receberam esta dieta no experimento de 24 horas. Portanto, os resultados obtidos neste trabalho indicam que os antioxidante presentes na dieta suplementada com 3 e 10% de polpa de manga Ubá ingeridos de forma aguda e crônica podem interferir sobre os mecanismos de defesa antioxidante e marcadores de injúrias hepáticos, uma vez que a menor suplementação ingerida por 24 horas diminuiu a concentração da AST e atividade da SOD hepática, enquanto que a ingestão por 25 dias de 10% de polpa de manga aumentou a peroxidação lipídica no fígado de ratos wistar saudáveis.