Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Bastos, Patrícia de Melo Abrita |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6325
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Resumo: |
Nesta tese, buscou-se entender o processo de geração da renda e sua distribuição no meio rural brasileiro ao longo do tempo, 2001 a 2012. A escolha desse corte justifica-se devido às profundas mudanças que têm alterado a dinâmica da renda no meio rural, como o avanço das ocupações não agrícolas, aumento do número de beneficiários de transferências de renda e pelo aumento dos aposentados pelo regime especial de aposentadoria rural. Utilizando dados da PNAD, buscou-se investigar os fatores socioeconômicos e aqueles relativos à produtividade, à infraestrutura e ao tipo de ocupação, a fim de lançar luz sobre as causas associadas ao estado de pobreza e desigualdade de renda no meio rural. Todas essas questões serão analisadas considerando o fator tempo. A introdução da dimensão temporal torna-se importante devido à relação com a possibilidade de resolução desse problema. Quando o período de estado de privações é curto, as famílias podem amenizar essa situação, buscando empréstimos, reduzindo gastos e vendendo alguns objetos de valor etc. Entretanto, quando a pobreza persiste por um período maior, a situação fica insustentável, e as consequências são muitas, sendo duas das piores: a desnutrição e a fome. Para a análise da desigualdade, também é necessária a incorporação do fator tempo. A oportunidade de ascensão social pode ser definida como a evolução da desigualdade ao longo do tempo. A mobilidade de rendimento refere-se ao crescimento da renda do indivíduo que lhe confere mudança de posição na distribuição de renda, tendo a mobilidade desta implicações diretas na avaliação da desigualdade. Em suma, foi possível constatar que as três principais mudanças pelas quais o meio rural está passando estão contribuindo para a redução da pobreza e desigualdade de renda no meio rural. Quanto à dinâmica da pobreza, constatou-se que a maior parte da dependência da pobreza advém de uma dependência genuína de estado. Assim, as famílias afetadas pela persistência da pobreza precisarão do auxílio de políticas do governo, como as transferências de renda, para superarem esse estado. Foi possível observar que a mobilidade de rendimento no meio rural é baixa, agravando ainda mais o quadro de desigualdade no meio rural. Nesse contexto, observa-se, no meio rural, uma sociedade com classes sociais bem definidas e sem alterações ao longo do tempo. |