Gradiente latitudinal de riqueza de espécies de formigas em cerrado: regra de Rapoport e efeitos da produtividade e heterogeneidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Ribas, Carla Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Ciência entomológica; Tecnologia entomológica
Doutorado em Entomologia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/855
Resumo: O gradiente latitudinal de riqueza de espécies (GLRE) é um padrão bem documentado para diversos grupos de organismos. Apesar de várias hipóteses terem sido levantadas para explicar o gradiente algumas são tidas como mais promissoras, tais como as relacionadas à energia, a heterogeneidade ambiental, ao tempo evolutivo e ao efeito do domínio mediano. O objetivo dessa tese é testar a existência do gradiente latitudinal de riqueza de espécies de formigas arborícolas em cerrado, assim como testar hipóteses explicativas para o padrão encontrado. No primeiro capítulo propusemos um método que permite testar o efeito Rapoport em gradientes altitudinais, latitudinais e em distribuições que são restritas arbitrariamente pela área amostrada pelo pesquisador. Reanalisamos 55 distribuições publicadas em 39 artigos e observamos diversos padrões de correlação entre a extensão de ocorrência das espécies e seu ponto médio de distribuição, poucos evidenciando o efeito Rapoport. A maioria dos métodos utilizados até hoje para testar o efeito Rapoport não são capazes de distinguir entre padrões determinísticos e aqueles gerados pelo acaso e o efeito Rapoport não deve ser considerado como um padrão em macroecologia. No segundo capítulo, o objetivo foi testar a existência do GLRE de formigas no Cerrado e a hipótese de que o gradiente é correlacionado com a produtividade e heterogeneidade do habitat em diferentes escalas espaciais. Observamos um aumento da riqueza de espécies com a latitude, um gradiente latitudinal oposto ao encontrado na literatura. As variáveis ambientais analisadas não explicaram a variação da riqueza de espécies. Provavelmente, processos importantes em escalas espaciais locais não levam a variação da riqueza de espécies em escalas globais. No terceiro capítulo testamos a existência do efeito do domínio mediano e do efeito Rapoport usando modelos nulos. Encontramos uma riqueza de espécies maior do que esperado pelo efeito do domínio mediano em locais de maior latitude e ao invés do efeito Rapoport, as extensões de ocorrência das espécies são maiores do que o esperado pelo acaso somente nos limites do domínio. Outras hipóteses como a distribuição geográfica do Cerrado e a história evolutiva das espécies de formigas devem ser investigadas como causadoras do gradiente latitudinal reverso de riqueza de espécies de formigas arborícolas em Cerrado.