Estresse, envelhecimento e osteoporose: estudo experimental da perda óssea, da expressão de citocinas pró-inflamatórias e dos marcadores ósseos RANKL, RANK e OPG, em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Valente, Fabrício Luciani
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de
Doutorado em Medicina Veterinária
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/1447
Resumo: Envelhecimento, estresse e osteoporose são três condições que tomaram grande importância no mundo moderno como reflexo não apenas do estilo de vida das pessoas, mas também do crescente aumento da expectativa de vida das populações. Tais condições compartilham de diversos mecanismos comuns e a modulação de uma pode afetar direta e indiretamente as outras. A osteoporose é uma doença comum entre os idosos e, embora seja multifatorial, muitos processos inerentes ao envelhecimento contribuem com sua patogenia. O estresse crônico é capaz de comprometer a massa óssea e, assim como a osteoporose, é considerado um importante fator que compromete a qualidade de vida dos idosos. O presente trabalho busca avaliar o efeito de um protocolo de estresse moderado crônico sobre parâmetros de avaliação óssea em ratos segundo o sexo e a idade. Para isso, animais machos e fêmeas, com cinco ou 22-24 meses de idade foram submetidos à aplicação de estressores moderados durante 28 dias. Foram incluídos frio, calor, imobilização, inclinação da gaiola, isolamento, luz noturna e privação de água e de ração, aplicados quatro vezes cada durante o período. Animais controles de ambos os sexos, jovens e senis foram mantidos em gaiolas coletivas, com água e ração à vontade, sem qualquer outro tipo de intervenção. Os ratos foram pesados no início e ao final do período, e, após eutanásia, tiveram seus ossos e sangue coletados. Fêmur, tíbia e vértebra lombar foram analisados por densitometria óssea. Testes biomecânicos de flexão avaliaram força máxima, tenacidade e rigidez da cabeça e da diáfise do fêmur. Em análise histomorfométrica, foram obtidos os volumes trabeculares da cabeça do fêmur e do corpo vertebral e medidas do osso cortical e da cavidade medular da seção transversal do fêmur. A técnica de imunoistoquímica foi realizada para a análise da expressão de RANKL, RANK e OPG no fêmur e na vértebra. Do sangue foram avaliados por ELISA: estradiol e testosterona, IL-1β, IL-6 e TNF-α. O estresse foi capaz de diminuir o peso dos ratos, independente do sexo e da idade. Sobre os parâmetros de avaliação óssea, o protocolo também mostrou capacidade de reduzir muitas das medidas avaliadas, podendo comprometer a saúde óssea. Entretanto, o estresse afetou um maior número de variáveis entre os animais jovens que entre os senis. Esse resultado deve ser interpretado com cautela. Provavelmente o envelhecimento poderia retardar a resposta do tecido ósseo aos estímulos desencadeados pelo estresse. De maneira crônica, os efeitos poderiam ser mais severos nos idosos. Com relação aos hormônios sexuais, embora não tenham sido estatisticamente significantes, uma diminuição na concentração de testosterona nos grupos submetidos ao estresse pôde ser percebida. Para o estrógeno, houve um comportamento contrário entre o grupo de machos e o grupo de fêmeas no primeiro, o estresse aumentou a concentração do hormônio, enquanto no segundo, diminuiu. A variação individual das observações foi muito ampla, e um melhor delineamento do modelo, possivelmente envolvendo um número maior de repetições, torna-se necessário para esclarecimento desta questão. Sobre as citocinas inflamatórias, o estresse também mostrou apenas efeito indireto no caso da IL-1β, que diminuiu nos animais jovens, mas aumentou nos senis, e do TNF-α, que diminuiu nos machos e aumentou nas fêmeas. Diferenças na marcação imunoistoquímica foram percebidas apenas para RANKL em relação devido ao estresse. Provavelmente pelo fato de que as substâncias investigadas nesta última parte do trabalho sejam de expressão induzível, seu estudo pode tornar-se mais heterogêneo. Visto que o modelo proposto é inédito, alguns ajustes metodológicos fazem-se necessários. Estes dados são apresentados na forma de capítulos, e cada um contém um breve resumo em português e em inglês, além de um conjunto de palavras-chave.