Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Cezário, Maykon Dias |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/29205
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Resumo: |
O café é uma das bebidas mais consumidas no mundo. O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de café e segundo maior consumidor da bebida. No entanto, seu monocultivo em escala gera desequilíbrio no agroecossistema, induzindo a alterações na relação dos herbívoros e seus inimigos naturais, favorecendo as altas populações de pragas, tais como bicho-mineiro, cochonilha-da-roseta, broca-do-café e ferrugem. A busca de alternativas ao controle químico exclusivo para o manejo de pragas é primordial e uma dessas possibilidades trata-se da manipulação do ambiente visando ao controle biológico conservativo. O controle biológico é um fenômeno que consiste na regulação natural do número de indivíduos por inimigos naturais, sendo um dos tipos o conservativo que é a manipulação do ambiente visando à conservação e o aumento das populações de inimigos naturais já presentes no sistema. Neste trabalho avaliou-se a eficiência da diversificação da vegetação no controle biológico das principais pragas do café Conilon. O trabalho foi conduzido em lavoura comercial em Itueta, Leste de Minas Gerais, de fevereiro a dezembro de 2019. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados contendo dois tratamentos: café associado ao ingá (Inga edulis) e café em monocultura. Foram realizadas avaliações de infestação do bicho-mineiro, cochonilha-da-roseta, broca- do-café, ferrugem e da taxa de predação e de parasitismo do bicho-mineiro. Também foi avaliada a ocorrência de artrópodes visitantes do ingá. Não foi verificada diferença significativa na população de broca-do-café e na incidência de ferrugem. No entanto, a taxa de predação do bicho-mineiro, avaliada nos meses de outubro, novembro e dezembro, foi significativamente maior quando ingá estava associado ao café, do que na sua ausência. Também foi observada diferença significativa em dois meses nas populações de cochonilha-da-roseta e bicho-mineiro. Foram coletados 185 visitantes nos nectários extraflorais dos ingás em 3 dias de coleta, distribuídos em 34 espécies/morfoespécies diferentes nas parcelas de café. As espécies de insetos coletadas pertencem a quatro ordens: Hymenoptera, Hemiptera, Coleoptera e Neuroptera. A ordem Hymenoptera foi a que apresentou maior riqueza e diversidadede insetos coletados, seguidas pela ordem Hemiptera e Coleoptera. A família Formicidae se destacou pelos 111 indivíduos coletados, maior número (60%), bem como com a maior diversidade de espécies, sendo 13 no total. A maior média por planta de insetos visitantes dos nectários extraflorais do ingá foi da formiga Solenopsis invicta. Os predadores foram os visitantes mais abundantes, exceto às dez e dezoito horas, quando não houve diferença entre os predadores e os fitófagos. Os nectários extraflorais do ingá atraem inimigos naturais, em especial predadores das pragas do café Conilon. A diversificação da vegetação aumentou a taxa de predação de bicho-mineiro nas condições estudadas. O ingá se apresenta como uma planta bastante promissora para utilização como estratégia de controle biológico conservativo em café Conilon. Entretanto é extremamente necessário novas pesquisas envolvendo principalmente a diversificação de café Conilon com ingá e suas relações com a mirmecofauna, já que as formigas foram os indivíduos que mais visitaram os nectários extraflorais do ingá. Palavras-chave: Inga edulis. Controle biológico conservativo. Leucoptera coffeella, Planococcus citri. Hypothenemus hampei. Predadores. |